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Ban pede "solução pacífica" para crise no Paraguai

O ex-bispo Fernando Lugo foi cassado da Presidência do Paraguai na última sexta, após ser considerado culpado de mau desempenho de suas funções

Lugo:  Lugo reuniu ex-ministros e colaboradores em um "gabinete pela restauração democrática" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Lugo: Lugo reuniu ex-ministros e colaboradores em um "gabinete pela restauração democrática" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 18h29.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quarta-feira a todas as partes no Paraguai que trabalhem para conseguir "uma solução pacífica" à crise política instalada no país após a cassação do presidente Fernando Lugo.

Em comunicado distribuído na sede central das Nações Unidas em Nova York, o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, disse que o secretário-geral da ONU acompanhou os recentes eventos no Paraguai com atenção e preocupação. Além disso, Nesirky destacou o reconhecimento de Ban sobre os esforços da região para resolver o assunto.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) enviou ao Paraguai uma missão especial liderada pelo secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza. Na mesma linha, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convocou uma reunião na última sexta-feira, em Mendoza (Argentina), para analisar a situação.

O ex-bispo Fernando Lugo foi cassado da Presidência do Paraguai na última sexta, após ser considerado culpado de mau desempenho de suas funções em um julgamento político no Senado do seu país. Em menos de 30 horas, Lugo foi julgado e sentenciado e seu vice-presidente, Federico Franco, assumiu a Presidência até o término do mandato, em 15 de agosto de 2013.

Diversos países da região como Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Cuba e Peru, rejeitaram a cassação ao considerá-la fruto de um golpe institucional.

Desde então, Lugo reuniu ex-ministros e colaboradores em um "gabinete pela restauração democrática", que monitorará a atuação do novo Executivo de Franco, e pediu uma resistência "pacífica" para recuperar o poder. 

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