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Bairros nobres do Rio recebem blitz do lixo

Operação Lixo Zero no Rio já aplicou 1.088 multas a quem jogou lixo na rua após três semanas de aplicação


	Equipes, formadas por garis, guardas municipais e policiais militares, circulam pela cidade multando quem jogar lixo no chão
 (Tânia Rego/ABr)

Equipes, formadas por garis, guardas municipais e policiais militares, circulam pela cidade multando quem jogar lixo no chão (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 06h38.

Rio - Desde que começou a operação Lixo Zero no Rio, há três semanas, foram aplicadas 1.088 multas a quem jogou lixo na rua - a maioria, no valor de R$ 157, o mínimo estipulado. Nesta terça-feira, 10, 178 agentes chegaram aos bairros de Ipanema, Leblon e Lagoa, os mais nobres do Rio, e o número chegou a 25 penalidades.

A percepção das equipes é de que o carioca já está mais consciente de que sujar a rua pesa no bolso: em Copacabana, onde o trabalho foi iniciado há uma semana, a redução do lixo descartado inadequadamente foi de 46%; no Centro, onde a operação começou, dia 20 de agosto, o volume caiu à metade.

Nesta terça a reportagem acompanhou equipes em Ipanema e em Copacabana e não conseguiu presenciar qualquer aplicação de multa. No centro, três semanas atrás, bastaram alguns minutos para flagrar infrações.

Por toda a cidade, a guimba de cigarro continua sendo a principal vilã. Mas já há quem utilize porta-guimbas de bolso. "Cada área a que chegamos, multamos menos, porque as pessoas já estão informadas", disse o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana, Vinicius Roriz.

Os 54 grupos destacados foram às ruas incompletos. O trio que percorre as ruas é formado por um policial militar, um guarda municipal e um agente de limpeza urbana, mas nesta terça na zona sul não havia PMs. Segundo a Comlurb, isso aconteceu porque os PMs trabalham em dias de folga, e podem ser convocados pela corporação.

O serviço não foi prejudicado, porque os PMs, informou a Comlurb, podem ser acionados rapidamente (sua função é encaminhar a uma delegacia a pessoa que se recusa a dar o CPF para a aplicação da multa; ontem, a medida não foi necessária).

O presidente da Comlurb não acredita que haja relação entre o poder aquisitivo da população do bairro e o mau hábito de jogar lixo no chão. O que impacta é o adensamento. Por isso é que se começou pelo Centro, região de maior fluxo de pessoas. A desculpa de desconhecimento da lei não está sendo aceita. "Se você está na Inglaterra, é flagrado e diz que é brasileiro, não será desculpado", explicou Roriz.

O valor de R$ 157 é aplicado até o volume equivalente a uma lata de refrigerante. Para quem descartar grandes quantidades (entulho, por exemplo), a multa é de R$ 3 mil. A Comlurb registrou 13 pedidos de recursos em sua ouvidoria e 50 multas já foram pagas.

Nas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon o número de lixeiras foi reforçado. O foco são banhistas e também barraqueiros. Eles são orientados a pedir aos frequentadores que carreguem consigo o lixo que produzirem. Nesta terça dia de sol, forte mas de areias vazias, era possível ver copos, côco e embalagens a despeito da presença dos agentes no calçadão.

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