Separatistas pró-Rússia: "A explicação mais possível é que tenha sido um erro", diz fonte (Maxim Zmeyev/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2014 às 20h16.
Washington - O voo MH17 da Malaysia Airlines pode ter sido derrubado por engano por separatistas ucranianos sem o treinamento adequado, afirmou nesta terça-feira um integrante da inteligência americana, que rejeitou as alegações de Moscou sobre uma suposta responsabilidade de Kiev no atentado.
As provas reunidas até o momento sugerem que os rebeldes pró-Rússia foram os responsáveis pelo lançamento do míssil terra-ar SA-11 que atingiu o avião comercial malásio. Mas ainda não está claro "quem o disparou", declarou um alto funcionário do serviço de inteligência americano, que pediu para não ser identificado.
"A explicação mais possível é que tenha sido um erro" e que o míssil foi disparado por "uma pessoa mal treinada", utilizando um sistema que requer destreza e treinamento, acrescentou.
A fonte citou incidentes anteriores, em que tantos forças russas quanto americanas derrubaram voos comerciais por engano.
Nos episódios citados, dois aviões de passageiros foram atacados. Em 1983, uma aeronave sul-coreana foi derrubada por um caça russo e, em 1988, forças navais americanas abateram um um avião iraniano.
Militares russos foram detectados no leste da Ucrânia, mas a inteligência americana não tem provas conclusivas de que os russos estivessem com a unidade SA-11 que disparou contra o avião.