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Autoridades do Paquistão detêm seis pessoas por tráfico de órgãos

De acordo com a polícia, a rede vendia fígados a pacientes estrangeiros. Entre os detidos estão dois pacientes que pagaram 70 mil dólares pelo órgão

Cirurgia: o Paquistão não possui um sistema de doação de órgãos após a morte (foto/AFP)

Cirurgia: o Paquistão não possui um sistema de doação de órgãos após a morte (foto/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de maio de 2017 às 11h09.

As autoridades paquistanesas desmantelaram uma rede de tráfico de órgãos e prenderam seis pessoas, incluindo dois médicos, durante uma operação em uma casa de Lahore onde eram realizados transplantes de modo ilegal.

De acordo com a polícia, a rede vendia fígados a pacientes estrangeiros, especialmente das ricas monarquias do Golfo.

"Uma equipe realizou uma operação em uma casa de Lahore e surpreendeu quatro pessoas em flagrante delito durante transplantes ilegais de fígados a dois cidadãos de Omã", afirmou à AFP Jamil Ahmad Mayo, subdiretor da Agência Federal de Investigação.

Os dois pacientes omanis, que também foram detidos, pagaram cada um 70.000 dólares pelo fígado.

O Paquistão não possui um sistema de doação de órgãos após a morte. No país, as doações só podem ser autorizadas em vida e para membros da própria família. O comércio de órgãos é ilegal no país.

Mas a escassez crônica de órgãos e a pobreza que leva alguns paquistaneses a vender seus órgãos para sobreviver alimentam um importante mercado clandestino no país.

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