Sarampo (Jovanmandic/Getty Images)
AFP
Publicado em 3 de setembro de 2019 às 18h48.
Última atualização em 3 de setembro de 2019 às 18h49.
Após meses de medidas excepcionais, a cidade de Nova York anunciou nesta terça-feira o fim da epidemia de sarampo que afetou 654 pessoas desde outubro, a pior incidência desta doença na metrópole americana em quase três décadas.
O fim oficial da epidemia, após 42 dias sem novos infectados, chega pouco antes do início do ano escolar, na quinta-feira, na capital financeira dos Estados Unidos.
Os bairros envolvidos se situam no Brooklyn, e mais especificamente em Williamsburg - sobretudo entre a comunidade judia ortodoxa -, onde a prefeitura ordenou em 9 de abril a vacinação obrigatória para frear a epidemia.
Em junho, o estado de Nova York eliminou as isenções religiosas que os pais podiam invocar para evitar as exigências de vacinação escolar, em um contexto de desconfiança crescente em relação às vacinas.
"Quando as escolas se preparam para reabrir esta semana, devemos permanecer atentos. Para proteger nossas crianças e nossas vizinhanças, peço a todos os nova-iorquinos que se vacinem", disse o prefeito Bill de Blasio em um comunicado.
"A luta contra a negação da ciência continua", declarou Mark Levine, presidente da comissão de saúde do conselho municipal.
A cidade gastou mais de seis milhões de dólares e mobilizou ao menos 500 funcionários para combater essa epidemia, que começou com viajantes provenientes de Israel, segundo o comunicado.
Uma região do subúrbio da cidade, o condado de Rockland, que conta com uma grande população judia ortodoxa, ainda luta contra a epidemia. No fim de agosto, o local registrou 312 infectados.
Como muitos outros países, os Estados Unidos experimentaram um ressurgimento do sarampo.
Entre 1 de janeiro e 29 de agosto de 2019 foram notificados cerca de 1.234 casos em 31 estados dos Estados Unidos, a cifra mais alta desde 1992, segundo os Centros de Controle de Doenças (CDC).