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Áustria rejeita imigrantes por mentirem sobre nacionalidade

Policiais e tradutores notaram um aumento no número de pessoas sem registro cujas habilidades linguísticas não correspondiam à nacionalidade alegada


	Refugiados na fronteira da Áustria: Policiais e tradutores notaram pessoas cujas habilidades linguísticas não correspondiam à nacionalidade alegada
 (Reuters / Srdjan Zivulovic)

Refugiados na fronteira da Áustria: Policiais e tradutores notaram pessoas cujas habilidades linguísticas não correspondiam à nacionalidade alegada (Reuters / Srdjan Zivulovic)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 15h46.

Viena - A Áustria enviou centenas de imigrantes de volta à vizinha Eslovênia nos últimos três dias por terem mentido sobre sua nacionalidade na tentativa aparente de melhorar suas chances de receber asilo, informou o porta-voz da polícia nesta terça-feira.

Desde o verão local, em meados deste ano, centenas de milhares de imigrantes cruzaram para a Áustria, último país da assim chamada rota balcânica em direção à Alemanha, destino favorito da maioria dos imigrantes. Muitos são conduzidos de ônibus através do território austríaco até a fronteira alemã.

Durante as verificações aleatórias feitas nas 3.000 pessoas que chegam diariamente à província de Caríntia, no sul do país, policiais e tradutores notaram um aumento no número de pessoas sem registro cujas habilidades linguísticas não correspondiam à nacionalidade alegada, disse o porta-voz.

"Presumimos que algumas estão tentando tirar proveito da situação, sabendo muito bem que têm poucas chances de receber asilo na Áustria e na Alemanha", comentou, acrescentando que centenas destes imigrantes foram imediatamente encaminhados de volta à Eslovênia desde 26 de dezembro.

Em 2014, mais imigrantes da Síria e do Afeganistão receberam asilo do que de qualquer outro país. O porta-voz da polícia de Caríntia não quis dizer de onde são os imigrantes devolvidos à Eslovênia.

O fluxo de imigrantes deste país rumo à Áustria foi redirecionado para Caríntia enquanto novas instalações, incluindo barreiras para controlar multidões, são construídas na principal passagem entre as duas nações mais ao leste, na província de Estíria.

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