Audiência de julgamento por difamação de Trump é suspensa por doença de jurado
No processo, a escritora E. Jean Carroll pede US$ 10 milhões de indenização
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 15h24.
Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 15h40.
A audiência do julgamento contra Donald Trump , que havia ido ao tribunal de Manhattan para enfrentar a escritora E. Jean Carroll, que pede US$ 10 milhões (R$ 49,2 milhões) por difamação, foi suspensa por um possível caso de covid de um jurado.
Na véspera das primárias do Partido Republicano no estado de New Hampshire, nas quais Trump pode receber o apoio definitivo para suas ambições de se tornar o candidato do Partido Republicano e voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, o magnata havia retornado à sala depois de sua última aparição na última quarta-feira.
Diante do surgimento de sintomas compatíveis com covid de um dos membros do júri, e do contato da advogada principal de Trump, Alina Habba, com seus pais também doentes, o juiz Lewis Kaplan suspendeu a audiência. Ainda não está claro se retomará na terça-feira, como quer a advogada de Carroll, Roberta Kaplan, ou na quarta, como manifestou a de Trump.
O magnata de 77 anos pediu para depor contra a escritora, que em maio do ano passado já o venceu em outro julgamento por agressão sexual e difamação. Dessa forma, um júri o condenou a pagar US$ 5 milhões (R$ 24,6 milhões) à denunciante, resolução da qual Trump apelou.
Dada a decisão do júri em maio, o juiz Kaplan determinou que Carroll não tem que provar de novo que houve agressão sexual.
Agora, o magnata está sendo julgado por declarações que fez quando era presidente dos Estados Unidos, em 2019, em virtude da publicação de um livro por Carroll e de um artigo em uma revista nos quais assegurava que, em 1996, o então empresário do ramo imobiliário nova-iorquino a estuprou em uma loja de departamentos de Nova York.
Na época, o republicano disse que Carroll "não fazia seu tipo" e que ela havia inventado a história para "vender seu novo livro". Também costuma repetir que não a conhece.
O ex-presidente, que transformou essas audiências judiciais em um show político que atrai os meios de comunicação de todo o mundo, tachou os inúmeros processos judiciais nos quais está envolvido de "caça às bruxas" e "fraude" para dificultar o seu desejo de retornar à Casa Branca nas eleições de novembro.
Na semana passada, o juiz de instrução do julgamento ameaçou o republicano de impedir seu acesso à sala caso continuasse a fazer comentários depreciativos para o júri ouvir.