Ativistas líbios atacam ex-rebeldes em Benghazi: 31 mortos
Dezenas de manifestantes tentaram desalojar brigada de seu QG, o que levou a confronto
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2013 às 11h13.
São Paulo - Pelo menos 31 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas no sábado, durante o confronto entre uma brigada de ex-rebeldes líbios e manifestantes "anti-milícias" em Benghazi, anunciou neste domingo a agência líbia Lana.
"Três pessoas morreram na manhã de domingo em consequência dos ferimentos, o que eleva o balanço a 31 mortos", afirmou uma fonte do hospital Al-Jalaa de Benghazi, citada por Lana.
O balanço anterior, divulgado no sábado à noite, registrava 28 mortos e 60 feridos.
Dezenas de manifestantes, incluindo alguns armados, tentaram desalojar a brigada "Escudo da Líbia" de seu quartel-general, o que terminou em confronto.
Os manifestantes dizem querer a retirada das "milícias" armadas de sua cidade e pedem às forças regulares que intervenham.
A brigada "Escudo da Líbia" é formada por ex-rebeldes combatentes do regime de Muamar Kadhafi em 2011. As autoridades líbias, que tentam compor um Exército armado e uma polícia profissional, recorrem com regularidade a esses rebeldes para garantir a segurança das fronteiras, ou intervir nos conflitos tribais.
Na noite de sábado, o primeiro-ministro Ali Zeidan anunciou que o "Escudo da Líbia" havia deixado o quartel e que o exército oficial assumiu o controle do local, assim como das armas.
Zeidan anunciou a abertura de uma investigação para determinar as responsabilidades e pediu moderação a todas as partes.
O porta-voz do "Escudo da Líbia", Adel Tarhouni, defendeu "a legitimidade" da brigada, alegando que é subordinada ao ministério da Defesa.
Segundo Tarhouni, primeiro houve uma manifestação pacífica de várias horas na frente do QG de sua brigada, uma antiga instalação do Exército de Kadhafi.
"A manifestação foi infiltrada por homens armados que atiraram nos locais e lançaram bombas artesanais", disse ele à emissora de televisão Libya al-Ahrar.
Ali al-Shikhi, porta-voz do chefe do Estado-Maior, declarou que "Escudo da Líbia" é "uma força de reserva do Exército líbio" e que atacá-la equivale "a uma agressão contra uma força legítima".
Segundo a agência Lana, o coronel Al-Chikhi considerou o ataque contra a brigada "muito perigoso" e pediu moderação às partes envolvidas.
Em outubro, moradores de Benghazi já tinham se rebelado contra as milícias, expulsando algumas delas de suas bases.
O novo poder na Líbia fracassou em desarmar e dissolver os grupos de ex-rebeldes. Por isso, tenta legitimar alguns deles, apesar da oposição de uma grande parcela da população.
Benghazi, a segunda cidade da Líbia, onde teve início em 2011 a contestação que levou à queda do regime de Kadhafi, foi palco nos últimos meses de vários ataques a alvos ocidentais e assassinatos de autoridades de segurança.
São Paulo - Pelo menos 31 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas no sábado, durante o confronto entre uma brigada de ex-rebeldes líbios e manifestantes "anti-milícias" em Benghazi, anunciou neste domingo a agência líbia Lana.
"Três pessoas morreram na manhã de domingo em consequência dos ferimentos, o que eleva o balanço a 31 mortos", afirmou uma fonte do hospital Al-Jalaa de Benghazi, citada por Lana.
O balanço anterior, divulgado no sábado à noite, registrava 28 mortos e 60 feridos.
Dezenas de manifestantes, incluindo alguns armados, tentaram desalojar a brigada "Escudo da Líbia" de seu quartel-general, o que terminou em confronto.
Os manifestantes dizem querer a retirada das "milícias" armadas de sua cidade e pedem às forças regulares que intervenham.
A brigada "Escudo da Líbia" é formada por ex-rebeldes combatentes do regime de Muamar Kadhafi em 2011. As autoridades líbias, que tentam compor um Exército armado e uma polícia profissional, recorrem com regularidade a esses rebeldes para garantir a segurança das fronteiras, ou intervir nos conflitos tribais.
Na noite de sábado, o primeiro-ministro Ali Zeidan anunciou que o "Escudo da Líbia" havia deixado o quartel e que o exército oficial assumiu o controle do local, assim como das armas.
Zeidan anunciou a abertura de uma investigação para determinar as responsabilidades e pediu moderação a todas as partes.
O porta-voz do "Escudo da Líbia", Adel Tarhouni, defendeu "a legitimidade" da brigada, alegando que é subordinada ao ministério da Defesa.
Segundo Tarhouni, primeiro houve uma manifestação pacífica de várias horas na frente do QG de sua brigada, uma antiga instalação do Exército de Kadhafi.
"A manifestação foi infiltrada por homens armados que atiraram nos locais e lançaram bombas artesanais", disse ele à emissora de televisão Libya al-Ahrar.
Ali al-Shikhi, porta-voz do chefe do Estado-Maior, declarou que "Escudo da Líbia" é "uma força de reserva do Exército líbio" e que atacá-la equivale "a uma agressão contra uma força legítima".
Segundo a agência Lana, o coronel Al-Chikhi considerou o ataque contra a brigada "muito perigoso" e pediu moderação às partes envolvidas.
Em outubro, moradores de Benghazi já tinham se rebelado contra as milícias, expulsando algumas delas de suas bases.
O novo poder na Líbia fracassou em desarmar e dissolver os grupos de ex-rebeldes. Por isso, tenta legitimar alguns deles, apesar da oposição de uma grande parcela da população.
Benghazi, a segunda cidade da Líbia, onde teve início em 2011 a contestação que levou à queda do regime de Kadhafi, foi palco nos últimos meses de vários ataques a alvos ocidentais e assassinatos de autoridades de segurança.