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Ativista do Greenpeace é condenado por danificar linhas de Nazca

O caso contra o Greenpeace se relaciona com um dos maiores atentados ao patrimônio cultural peruano

Greenpeace: "O Greenpeace nunca devia ter realizado a atividade nas linhas de Nazca" (Greenpeace/Reuters)
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AFP

Publicado em 19 de maio de 2017 às 21h56.

A Justiça peruana condenou a dois anos e 4 meses de prisão com direito a sursis e multa de quase 200 mil dólares um ativista do Greenpeace , o austríaco Wolfgang Sadik, como responsável pelos danos aos milenares geoglifos de Nazca durante uma intervenção em 2014.

Um tribunal da cidade de Nazca (450 km ao sul de Lima) tomou a decisão na tarde de quinta-feira contra o arqueólogo Sadik, que assistiu à audiência e recorreu ao mecanismo de conclusão antecipada do processo.

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Ele admitiu a responsabilidade pelos danos ao desenho do beija-flor, segundo a emissora de TV Canal N, que trechos da audiência judicial.

O arqueólogo liderou o grupo de ativistas da ONG Greenpeace que causaram danos às Linhas de Nazca em dezembro de 2014.

O caso contra o Greenpeace se relaciona com um dos maiores atentados ao patrimônio cultural peruano: a entrada ilegal de 12 ativistas a uma área de 40m2 onde está o geoglifo do beija-flor, na qual foram colocadas 45 faixas amarelas com a mensagem "Time for Change! The future is renewable, Greenpeace" (Tempo de mudança! O futuro é renovável, Greenpeace).

Os fatos ocorreram durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, realizada naquele ano no Peru.

Em 2015, o diretor executivo do Greenpeace International, Kumi Naidoo, reconheceu que a atividade foi um erro.

"O Greenpeace nunca devia ter realizado a atividade nas linhas de Nazca", declarou, antecipando que o grupo restauraria os danos.

As linhas de Nazca são geoglifos de mais de 2.000 anos de antiguidade com figuras geométricas e de animais, que só podem ser apreciadas do alto.

Seu significado real é um enigma: alguns pesquisadores as consideram um observatório astronômico, outras um calendário.

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