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Atirador de escola judaica francesa foi rápido e metódico

Segundo as testemunhas, o autor do ataque assumiu o risco de agir em um momento em que a rua da escola estava cheia de carros dos pais

Adultos tentam consolar jovens estudantes da escola Ozar Hatorah (Remy Gabalda/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 19h58.

Pouco depois das oito da manhã, no bairro tranquilo de Toulouse (sudoeste da França ), um homem estacionou calmamente sua moto e se aproximou da escola judaica de Ozar Hatorah, onde cometeu uma carnificina.

"Ele disparou. Um rav (professor da religião judaica) e duas crianças caíram", contou a responsável regional do Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (CRIF), Nicole Yardeni.

"Depois (o atirador) entrou no pátio central e agarrou uma menina de oito anos, a filha do diretor, para disparar contra ela diretamente na cabeça. Depois foi embora" de moto.

Segundo as testemunhas, o autor do ataque assumiu o risco de agir em um momento em que a rua da escola estava cheia de carros dos pais que levavam seus filhos para o colégio Ozar Hatorah.

O rabino e diretor da escola, Yaacov Monsonego, rezava na sinagoga quando um aluno levou para ele o corpo sem vida de sua filha de oito anos, fatalmente ferida na cabeça.

As testemunhas não viram o rosto do atirador, que usava um capuz. Na escola, o assassino usou a mesma arma e a mesma moto vistas nos ataques contra militares em Toulouse (em 11 de março) e na cidade de Montauban (na quinta-feira passada), nas quais três oficiais morreram.


Assim como os ataques contra os militares, o desta quinta-feira foi metódico e rápido.

O autor dos disparos não deixou rastros. No ataque desta segunda-feira, quando sua pistola automática de calibre 11.43 travou, ele retirou um pistola 9 mm, com a qual concluiu a matança.

Um antigo aluno, Kevin, também estava no local, já que todas as manhãs reza na sinagoga do colégio.

"Escutamos os disparos. Isso foi às 08h02. Houve um movimento de pânico generalizado. Não sabíamos onde o agressor estava. O pessoal da escola estabeleceu uma espécie de perímetro de segurança antes da chegada dos policiais, dez minutos depois", declarou.

Segundo os depoimentos recolhidos, as crianças foram colocadas em um local subterrâneo após o drama, à espera da chegada da polícia.

Dezenas de policiais foram mobilizados e o presidente Nicolas Sarkozy, o candidato socialista à presidência, François Hollande, e o ministro do Interior, Claude Guéant, dirigiram-se ao colégio.

Baruc, de 29 anos, conta que escapou por pouco.

"Saí às oito da manhã para rezar na sinagoga", contou à AFP, e em frente ao centro "vi meu amigo com seus dois filhos esperando, como de costume, o carro que deveria levar suas crianças à escola infantil", perto da Ozar Hatorah. Tratava-se do professor que morreu a tiros junto de duas crianças.

"Disse 'bom dia' a ele e passei. Logo depois escutei disparos atrás de mim, corri para me refugiar no interior e não me virei. Se tivesse virado, ele teria me encontrado", conta o jovem.

Segundo ele, "não há castigo" possível para o assassino, "porque não é um ser humano".

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Pouco depois das oito da manhã, no bairro tranquilo de Toulouse (sudoeste da França ), um homem estacionou calmamente sua moto e se aproximou da escola judaica de Ozar Hatorah, onde cometeu uma carnificina.

"Ele disparou. Um rav (professor da religião judaica) e duas crianças caíram", contou a responsável regional do Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (CRIF), Nicole Yardeni.

"Depois (o atirador) entrou no pátio central e agarrou uma menina de oito anos, a filha do diretor, para disparar contra ela diretamente na cabeça. Depois foi embora" de moto.

Segundo as testemunhas, o autor do ataque assumiu o risco de agir em um momento em que a rua da escola estava cheia de carros dos pais que levavam seus filhos para o colégio Ozar Hatorah.

O rabino e diretor da escola, Yaacov Monsonego, rezava na sinagoga quando um aluno levou para ele o corpo sem vida de sua filha de oito anos, fatalmente ferida na cabeça.

As testemunhas não viram o rosto do atirador, que usava um capuz. Na escola, o assassino usou a mesma arma e a mesma moto vistas nos ataques contra militares em Toulouse (em 11 de março) e na cidade de Montauban (na quinta-feira passada), nas quais três oficiais morreram.


Assim como os ataques contra os militares, o desta quinta-feira foi metódico e rápido.

O autor dos disparos não deixou rastros. No ataque desta segunda-feira, quando sua pistola automática de calibre 11.43 travou, ele retirou um pistola 9 mm, com a qual concluiu a matança.

Um antigo aluno, Kevin, também estava no local, já que todas as manhãs reza na sinagoga do colégio.

"Escutamos os disparos. Isso foi às 08h02. Houve um movimento de pânico generalizado. Não sabíamos onde o agressor estava. O pessoal da escola estabeleceu uma espécie de perímetro de segurança antes da chegada dos policiais, dez minutos depois", declarou.

Segundo os depoimentos recolhidos, as crianças foram colocadas em um local subterrâneo após o drama, à espera da chegada da polícia.

Dezenas de policiais foram mobilizados e o presidente Nicolas Sarkozy, o candidato socialista à presidência, François Hollande, e o ministro do Interior, Claude Guéant, dirigiram-se ao colégio.

Baruc, de 29 anos, conta que escapou por pouco.

"Saí às oito da manhã para rezar na sinagoga", contou à AFP, e em frente ao centro "vi meu amigo com seus dois filhos esperando, como de costume, o carro que deveria levar suas crianças à escola infantil", perto da Ozar Hatorah. Tratava-se do professor que morreu a tiros junto de duas crianças.

"Disse 'bom dia' a ele e passei. Logo depois escutei disparos atrás de mim, corri para me refugiar no interior e não me virei. Se tivesse virado, ele teria me encontrado", conta o jovem.

Segundo ele, "não há castigo" possível para o assassino, "porque não é um ser humano".

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