Atirador da Noruega lamenta não ter matado mais
Quando ficou com as mãos livres das algemas, imediatamente estendeu o braço com o punho fechado, em sua já tradicional saudação extremista
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h21.
Oslo - Anders Behring Breivik sorriu ao ouvir o veredito de seu julgamento, fez a saudação da extrema direita e pediu desculpas aos extremistas por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque pelo qual foi condenado a 21 anos de prisão, numa prova de que o assassino em massa norueguês permaneceu desafiador até o fim.
Para o autoproclamado guerreiro em batalha contra o multiculturalismo e a "invasão do Islã", a sentença máxima de 21 anos de prisão e, não o confinamento em um hospital psiquiátrico, foi a melhor possível.
Ele já havia dito que ser enviado para uma instituição psiquiátrica - como pedido pelos promotores - seria um destino "pior do que a morte", pois assim sua visão de mundo seria desacreditada e atribuída ao desequilíbrio de um lunático.
Breivik entrou no tribunal com a barba aparada e um terno escuro. Quando ficou com as mãos livres das algemas, imediatamente estendeu o braço com o punho fechado, em sua já tradicional saudação extremista.
Ele anteriormente havia explicado que essa saudação "simboliza a força, a honra e o desafio ante os tiranos marxistas da Europa", a quem ele culpa por promover o multiculturalismo e criar uma "Eurábia".
Na maior parte do tempo, Breivik permaneceu impassível, rabiscando com uma caneta - flexível, para não ser usada como arma - e ocasionalmente tomando goles de água, enquanto os juízes faziam a leitura da sentença.
Ao ser indagado se iria apelar da condenação, foi enfático: "Não reconheço este tribunal porque vocês receberam seu mandato de partidos políticos que apoiam o multiculturalismo".
E acrescentou: "Eu gostaria de concluir com um pedido de desculpas. Gostaria de me desculpar com todos os nacionalistas da Noruega e da Europa por não ter matado mais pessoas..."
Antes que concluísse sua declaração, a juíza Wenche Elizabeth Arntzen, visivelmente irritada, ordenou que o microfone fosse desligado.
"Não é o momento de se dirigir a ninguém neste tribunal. O senhor deve se dirigir a mim. Eu fiz uma pergunta. Eu interpreto que está dizendo que precisa de tempo para considerar..."
"Eu não preciso de tempo para considerar", interrompeu Breivik, desafiadoramente.
Depois de uma breve consulta, seu advogado de defesa confirmou que Breivik não vai apelar da sentença. A promotoria também informou a mesma decisão.
"A meu ver, esta sentença e julgamento são ilegítimos. Eu não posso apelar da sentença, pois, ao apelar, eu iria legitimar o tribunal", declarou o extremista, antes de ter o microfone cortado.
Breivik, de 33 anos, foi considerado por unanimidade responsável por seus atos e condenado a 21 anos de prisão prorrogáveis, a pena máxima na Noruega, pela morte de 77 pessoas na Noruega em julho de 2011.
A pena poderá ser prolongada de forma indefinida enquanto Breivik for considerado um perigo para a sociedade.
Oslo - Anders Behring Breivik sorriu ao ouvir o veredito de seu julgamento, fez a saudação da extrema direita e pediu desculpas aos extremistas por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque pelo qual foi condenado a 21 anos de prisão, numa prova de que o assassino em massa norueguês permaneceu desafiador até o fim.
Para o autoproclamado guerreiro em batalha contra o multiculturalismo e a "invasão do Islã", a sentença máxima de 21 anos de prisão e, não o confinamento em um hospital psiquiátrico, foi a melhor possível.
Ele já havia dito que ser enviado para uma instituição psiquiátrica - como pedido pelos promotores - seria um destino "pior do que a morte", pois assim sua visão de mundo seria desacreditada e atribuída ao desequilíbrio de um lunático.
Breivik entrou no tribunal com a barba aparada e um terno escuro. Quando ficou com as mãos livres das algemas, imediatamente estendeu o braço com o punho fechado, em sua já tradicional saudação extremista.
Ele anteriormente havia explicado que essa saudação "simboliza a força, a honra e o desafio ante os tiranos marxistas da Europa", a quem ele culpa por promover o multiculturalismo e criar uma "Eurábia".
Na maior parte do tempo, Breivik permaneceu impassível, rabiscando com uma caneta - flexível, para não ser usada como arma - e ocasionalmente tomando goles de água, enquanto os juízes faziam a leitura da sentença.
Ao ser indagado se iria apelar da condenação, foi enfático: "Não reconheço este tribunal porque vocês receberam seu mandato de partidos políticos que apoiam o multiculturalismo".
E acrescentou: "Eu gostaria de concluir com um pedido de desculpas. Gostaria de me desculpar com todos os nacionalistas da Noruega e da Europa por não ter matado mais pessoas..."
Antes que concluísse sua declaração, a juíza Wenche Elizabeth Arntzen, visivelmente irritada, ordenou que o microfone fosse desligado.
"Não é o momento de se dirigir a ninguém neste tribunal. O senhor deve se dirigir a mim. Eu fiz uma pergunta. Eu interpreto que está dizendo que precisa de tempo para considerar..."
"Eu não preciso de tempo para considerar", interrompeu Breivik, desafiadoramente.
Depois de uma breve consulta, seu advogado de defesa confirmou que Breivik não vai apelar da sentença. A promotoria também informou a mesma decisão.
"A meu ver, esta sentença e julgamento são ilegítimos. Eu não posso apelar da sentença, pois, ao apelar, eu iria legitimar o tribunal", declarou o extremista, antes de ter o microfone cortado.
Breivik, de 33 anos, foi considerado por unanimidade responsável por seus atos e condenado a 21 anos de prisão prorrogáveis, a pena máxima na Noruega, pela morte de 77 pessoas na Noruega em julho de 2011.
A pena poderá ser prolongada de forma indefinida enquanto Breivik for considerado um perigo para a sociedade.