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Atentado suicida com carro-bomba deixa 15 mortos em Damasco

"É preciso acabar com este banho de sangue. Quando saímos de nossos lares, não sabemos se voltaremos vivos", exclamou Maysa, uma funcionária pública

Rebeldes em Damasco: a rede de televisão oficial de notícias Al-Ijbariya informou que entre as vítimas havia crianças, indicando que a explosão ocorreu em uma zona residencial, perto de uma escola. (Goran Tomasevic/Files/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 14h49.

Damasco - Um atentado suicida com carro-bomba sacudiu Damasco nesta segunda-feira, deixando ao menos 15 mortos e 53 feridos, segundo a imprensa oficial, no primeiro ataque deste tipo em pleno centro da capital.

Segundo a rede de televisão estatal, um atentado suicida foi cometido por um terrorista entre a praça Sabee Bahrat e a rua Shahbandar.

O canal divulgou imagens de corpos, de civis em desespero e de vários veículos em chamas.

"Dizemos aos que estão por trás destes atentados que o povo sírio (...) seguirá adiante para esmagar estes grupos terroristas armados", declarou o primeiro-ministro, Wael al-Halaqi, que visitou o local.

"É preciso acabar com este banho de sangue. Quando saímos de nossos lares, não sabemos se voltaremos vivos", exclamou Maysa, uma funcionária pública que trabalha perto do local do ataque.

O último atentado suicida em Damasco ocorreu no dia 21 de março. Naquela ocasião, 49 pessoas morreram, incluindo o xeque Mohammed al-Buti, uma conhecida liderança sunita ligada ao governo. Um mês antes, quatro atentados deixaram ao menos 83 mortos no dia 21 de fevereiro, o registro de mortes mais elevado em Damasco desde o início do conflito.

O regime acusou na época os "terroristas", o termo utilizado pelas autoridades sírias para designar os insurgentes, apoiados em seu combate contra o Exército por jihadistas que reivindicaram diversos atentados suicidas, principalmente na capital.


A rede de televisão oficial de notícias Al-Ijbariya informou que entre as vítimas havia crianças, indicando que a explosão ocorreu em uma zona residencial, perto de uma escola, que sofreu danos.

Todos os vidros do escritório da AFP, situado na praça Sabee Bahrat, a 200 metros do local da explosão, foram quebrados. Os funcionários da AFP estão sãos e salvos.

Uma jornalista da AFP ouviu uma poderosa explosão seguida de intensos tiroteios e viu chamas que saíam dos carros na praça, perto do Banco Central. A potência da explosão foi tão grande que algumas palmeiras dos arredores pegaram fogo.

Enquanto isso, o conflito prossegue. No domingo morreram ao menos 157 pessoas, em sua maioria civis, segundo um registro do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental com sede na Grã-Bretanha que se baseia em uma ampla rede de militantes e fontes médicas.

Ao se referir a outro aspecto do conflito, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira que os investigadores das Nações Unidas responsáveis por determinar se estão sendo utilizadas armas químicas no país, a pedido de Damasco, estavam prontos para serem mobilizados.

O regime e os rebeldes se acusam mutuamente de terem utilizado armas químicas nas regiões de Aleppo (norte) e de Damasco, no âmbito do conflito que devastou o país e que, segundo a ONU, custou a vida de mais de 70 mil pessoas, deixando 1,2 milhão de refugiados e 4 milhões de deslocados.

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Damasco - Um atentado suicida com carro-bomba sacudiu Damasco nesta segunda-feira, deixando ao menos 15 mortos e 53 feridos, segundo a imprensa oficial, no primeiro ataque deste tipo em pleno centro da capital.

Segundo a rede de televisão estatal, um atentado suicida foi cometido por um terrorista entre a praça Sabee Bahrat e a rua Shahbandar.

O canal divulgou imagens de corpos, de civis em desespero e de vários veículos em chamas.

"Dizemos aos que estão por trás destes atentados que o povo sírio (...) seguirá adiante para esmagar estes grupos terroristas armados", declarou o primeiro-ministro, Wael al-Halaqi, que visitou o local.

"É preciso acabar com este banho de sangue. Quando saímos de nossos lares, não sabemos se voltaremos vivos", exclamou Maysa, uma funcionária pública que trabalha perto do local do ataque.

O último atentado suicida em Damasco ocorreu no dia 21 de março. Naquela ocasião, 49 pessoas morreram, incluindo o xeque Mohammed al-Buti, uma conhecida liderança sunita ligada ao governo. Um mês antes, quatro atentados deixaram ao menos 83 mortos no dia 21 de fevereiro, o registro de mortes mais elevado em Damasco desde o início do conflito.

O regime acusou na época os "terroristas", o termo utilizado pelas autoridades sírias para designar os insurgentes, apoiados em seu combate contra o Exército por jihadistas que reivindicaram diversos atentados suicidas, principalmente na capital.


A rede de televisão oficial de notícias Al-Ijbariya informou que entre as vítimas havia crianças, indicando que a explosão ocorreu em uma zona residencial, perto de uma escola, que sofreu danos.

Todos os vidros do escritório da AFP, situado na praça Sabee Bahrat, a 200 metros do local da explosão, foram quebrados. Os funcionários da AFP estão sãos e salvos.

Uma jornalista da AFP ouviu uma poderosa explosão seguida de intensos tiroteios e viu chamas que saíam dos carros na praça, perto do Banco Central. A potência da explosão foi tão grande que algumas palmeiras dos arredores pegaram fogo.

Enquanto isso, o conflito prossegue. No domingo morreram ao menos 157 pessoas, em sua maioria civis, segundo um registro do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental com sede na Grã-Bretanha que se baseia em uma ampla rede de militantes e fontes médicas.

Ao se referir a outro aspecto do conflito, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira que os investigadores das Nações Unidas responsáveis por determinar se estão sendo utilizadas armas químicas no país, a pedido de Damasco, estavam prontos para serem mobilizados.

O regime e os rebeldes se acusam mutuamente de terem utilizado armas químicas nas regiões de Aleppo (norte) e de Damasco, no âmbito do conflito que devastou o país e que, segundo a ONU, custou a vida de mais de 70 mil pessoas, deixando 1,2 milhão de refugiados e 4 milhões de deslocados.

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