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Ataques de Israel matam 9 pessoas em Gaza e Jihad Islâmica lança foguetes

Autoridades médicas palestinas afirmam que 19 pessoas já morreram em dois dias de intensos conflitos

Faixa de Gaza: conflito entre israelenses e palestinos se intensifica pelo segundo dia seguido (Ammar Awad/Reuters)

Faixa de Gaza: conflito entre israelenses e palestinos se intensifica pelo segundo dia seguido (Ammar Awad/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 09h33.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 09h56.

Jerusalém/Gaza - Ataques aéreos israelenses mataram nove palestinos em Gaza nesta quarta-feira, disseram autoridades médicas, elevando a 19 o saldo de mortes de palestinos ao longo de uma escalada de violência de dois dias iniciada quando Israel realizou ataques para matar um comandante da Jihad Islâmica.

Logo de manhã, militantes de Gaza dispararam foguetes contra Israel e os militares israelenses revidaram do ar, retomando a ação após uma pausa de madrugada.

Os corpos de seis pessoas mortas na Cidade de Gaza foram levados ao hospital de Shifa em táxis e ambulância na manhã desta quarta-feira. Parentes choravam e gritavam, e médicos e testemunhas disseram se tratar de civis que moravam em bairros densamente povoados. Entre os mortos estão um líder da Jihad Islâmica e sua esposa.

Ainda nesta quarta-feira, militares israelenses disseram que retomaram os ataques a alvos da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza. Ataques aéreos eliminaram ao menos três equipes de lançamento de foguetes, disse um porta-voz militar.

Os piores confrontos em meses irromperam na terça-feira depois que Israel matou Abu Al-Atta, um dos principais comandantes da Jihad Islâmica, grupo militante apoiado pelo Irã, acusando-o de conceber e planejar ataques contra o Estado judeu.

Apesar de tentativas de diplomatas para restaurar a calma, uma autoridade da Jihad Islâmica disse à Reuters que seu grupo informou a mediadores que pretende continuar com seus ataques retaliatórios.

Mas não surgiram sinais de que o Hamas, grupo islâmico muito maior que controla Gaza, está inclinado a entrar na disputa.

Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o movimento palestino Jihad Islâmica interrompa os ataques de foguetes contra Israel ou os bombardeios sobre Gaza.

"Eles têm uma opção: interromper os ataques ou absorver mais e mais bombardeios. A escolha é deles", afirmou o primeiro-ministro em uma reunião de gabinete, antes de destacar que a intenção de Israel não era uma nova escalada em Gaza.

Desde terça-feira, em resposta ao ataque, foram disparados quase 250 foguetes de Gaza em direção ao território do Estado hebreu, sem provocar vítimas. De acordo com o exército israelense, 90% dos projéteis foram interceptados.

"Estamos decididos a lutar e a defender nosso país e, se pensam que estas salvas de foguetes vão nos enfraquecer ou fazer hesitar, estão muito equivocados", declarou Netanyahu, que prometeu uma resposta a cada ataque (palestino) com outro (israelense) "ainda mais forte".

A Faixa de Gaza foi cenário de três guerras contra Israel nos últimos 11 anos e é objeto de um severo bloqueio por terra, mar e ar por parte de Israel desde 2007.

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