Ataque de mísseis mata pelo menos 4 civis no norte da Síria
Entre as vítimas, três eram da mesma família; forças do governo sírio atacaram Khan Shaykhun e os seus arredores com 17 mísseis
EFE
Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 14h09.
Cairo, 9 fev (EFE).- Pelo menos quatro civis morreram neste sábado, entre eles três membros da mesma família, em um ataque com mísseis contra Khan Shaykhun, cidade no norte da Síria controlada pelos rebeldes, informaram ativistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que as vítimas são um homem, sua esposa e seu filho, além de outro menor de idade.
O Observatório detalhou que as forças do governo sírio atacaram Khan Shaykhun e os seus arredores com 17 mísseis.
A Defesa Civil Síria, grupo também conhecido como Capacetes Brancos, também informou do ataque através do Twitter e confirmou que causou a morte de quatro civis e ferimentos em "muitos outros", sem precisar o número.
Segundo o Observatório, as forças governamentais também lançaram ataques de artilharia contra posições rebeldes nas localidades de Talamnas, Al Sajr, Hasraya e Allatamne.
Estas cidades fazem parte da zona desmilitarizada estipulada entre a Rússia e a Turquia para separar as tropas governamentais e os grupos rebeldes que dominam a província de Idlib e os seus arredores.
A agência oficial "Sana" informou que o exército sírio disparou fogo de artilharia contra posições da Organização de Libertação do Levante, a antiga filial da Al Qaeda, em resposta a disparos de franco-atiradores deste grupo.
Segundo a fonte, os disparos da artilharia governamental causaram baixas nas fileiras do grupo terrorista na área da cidade de Qalqat al Madiq e Babolin.
As hostilidades aumentaram nos últimos dias na zona desmilitarizada, que está em vigor desde 17 de setembro.
A Rússia, principal aliado do presidente sírio, Bashar al Assad, advertiu há duas semanas que a situação em Idlib se deteriora rapidamente porque as milícias associadas à ex-filial da Al Qaeda estenderam sua influência na região, ao expulsar dali representantes da oposição moderada. EFE