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Ataque de grupo rebelde deixa pelo menos 27 mortos no Congo

Os confrontos aconteceram no sábado de madrugada, quando os Mai Mai entraram com facões e lanças na cidade de Mutanda, de maioria hutu

Congo: durante o ataque, segundo o governador, pelo menos 27 pessoas foram assassinadas e outras seis foram sequestradas, (REUTERS)
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EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 13h40.

Kinshasa - Pelo menos 27 pessoas morreram e várias ficaram feridas em um ataque realizado por uma facção dos rebeldes Mai Mai em uma cidade situada no leste da República Democrática do Congo (RDC), informaram neste domingo à Agência Efe fontes do governo local.

Os confrontos aconteceram no sábado de madrugada, quando os Mai Mai entraram com facões e lanças na cidade de Mutanda, de maioria hutu, e atacaram os moradores, relatou à Efe o governador da província de Kivu Norte, Julien Paluku.

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Durante o ataque, segundo o governador, pelo menos 27 pessoas foram assassinadas e outras seis foram sequestradas, razão pela qual que as forças armadas congolesas já foram enviadas à região para tentar localizá-las.

Os rebeldes Mai Mai, procedentes de uma região próxima, pretendem despejar os rebeldes hutus das Forças Democráticas para a Libertação da Ruanda (FDLR), que há anos controlam a área.

As FDLR, integradas por membros do antigo exército ruandês e da milícia hutu ruandesa Interahamwe (responsáveis pelo genocídio de 1994) foragidos à vizinha RDC, semeiam o terror entre a população civil com constantes assassinatos em uma região rica em minerais e diferentes recursos naturais.

Por sua parte, o presidente da Sociedade Civil provincial, Gilbert Kambale, criticou a passividade das autoridades na região, onde este tipo de ataque para controlar o território são frequentes.

"Lamentamos que as Forças Armadas da RDC nem sempre estejam lá quando acontecem estes incidentes. Chegam tarde ou não estão presentes. Assim os rebeldes podem entrar e matar quando querem", denunciou à Agência Efe.

O nordeste da RDC está há anos imerso em um longo conflito entre vários grupos rebeldes, que semeiam o terror diariamente entre a população local apesar da presença do exército congolês e das forças da Missão das Nações Unidas (MONUSCO).

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