Soldado dos EUA no Iraque: insurgentes tomaram o controle de grandes zonas do país (Eric Powell / US Navy / Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2014 às 14h26.
Bagdá - Uma equipe de analistas americanos do Pentágono realizou nesta quarta-feira em Bagdá a primeira reunião mista com militares iraquianos para analisar o trabalho que será realizado nos próximos dias no âmbito de segurança.
Segundo informou a televisão oficial "Al Iraqiya", durante a reunião, que foi realizada com os altos comandantes da Chefia de Operações de Bagdá, ficou acordada a criação de um comando misto de trabalho, sem oferecer mais detalhes.
O porta-voz das Forças Armadas iraquianas, general Qasem Ata, também confirmou em entrevista coletiva na capital essa primeira reunião entre ambas as partes.
"Espero que ocorra uma cooperação e coordenação verdadeira (com os EUA) para respaldar as forças iraquianas", destacou o porta-voz.
Ontem, o Pentágono anunciou que mobilizou 130 membros das forças especiais para começar a missão de assessoria às Forças de Segurança iraquianas prometida pelo presidente americano, Barack Obama.
O porta-voz do Departamento de Defesa, o contra-almirante John Kirby, confirmou hoje que, após o acordo legal que dota de imunidade as tropas, 40 militares se deslocaram já desde a embaixada americana em Bagdá para abrir o caminho a novos desdobramentos.
Seguidamente, foram mobilizados outros 90 militares americanos procedentes do Comando Central, o comando do Pentágono no Oriente Médio, para criar centros de operações conjuntos com oficiais iraquianos em Bagdá.
Os primeiros 130 militares realizarão atividades de avaliação preliminar para dar passagem à criação de novos centros de operação conjuntos em outras zonas do Iraque, que serão enfocados em defender a capital, mas também serão criados no norte do país.
Os grupos insurgentes sunitas, liderados pelo radical Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL), tomaram em pouco mais de duas semanas o controle de grandes zonas do país em sua luta contra as forças leais ao primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki.