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Assessores de Hillary foram surpresos com e-mails em 2015

A conversa parece mostrar que mesmo seus assessores estavam inicialmente despreparados para a escala das revelações sobre os emails de Hillary

Hillary: a candidata democrata permanece na liderança das pesquisas de opinião (Mandel Ngan/AFP)

Hillary: a candidata democrata permanece na liderança das pesquisas de opinião (Mandel Ngan/AFP)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 20h54.

Nova York - Dois assessores no comando da campanha presidencial de Hillary Clinton foram surpreendidos quando foi revelada a notícia em março de 2015 de que a democrata usara e-mail privado para o seu trabalho como secretária de Estado norte-americana, de acordo com emails roubados publicados nesta quinta-feira pelo WikiLeaks.

A troca de e-mails tarde da noite entre Robby Mook, o gerente de campanha de Hillary, e John Podesta, o líder da campanha, ocorreu horas depois de o New York Times revelar que a agora candidata usou uma conta de email privada de uma forma que poderia ter quebrado as regras sobre registros.

"Você tem alguma ideia da profundidade dessa história?", escreveu Podesta para Mook às 22h27 da noite que a história do jornal surgiu on-line, segundo a conversa publicada pelo WikiLeaks.

Algumas horas depois, à 1h32, Mook escreveu de volta: "Não. Nós tratamos da existência de emails durante pesquisa neste verão, mas nos disseram que haviam cuidado de tudo isso".

A troca de mensagens ocorreu horas antes de a Associated Press relatar pela primeira vez na manhã seguinte que o sistema de emails de Hillary operava de um servidor privado que ela mantinha no subterrâneo da sua casa em Chappaqua, em Nova York.

A conversa parece mostrar que mesmo os principais assessores de Hillary estavam inicialmente despreparados para a escala das revelações sobre os emails de Hillary, que terminariam sendo um tema para a campanha dela até a reta final para as eleições de 8 de novembro.

A candidata democrata permanece na liderança das pesquisas de opinião, na frente do seu rival republicano, Donald Trump.

Muitos eleitores têm citado o sistema de emails não autorizado, que obstrui tentativas do público de buscar as mensagens de Hillary por intermédio de leis de transparência, como uma razão pela qual eles acham que a candidata não é confiável.

Trump tem a atacado sempre por conta dos e-mails, dizendo que a democrata deveria estar na prisão por ter recebido e enviado segredos confidenciais do governo pelo servidor.

Após uma investigação de um ano, James Comey, o diretor do FBI, disse em julho que Hillary e o pessoal dela foram "extremamente descuidados" com as informações confidenciais, mas que nenhum promotor sensato a processaria.

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