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Assembleia do Conselho da Europa retira confiança de presidente

Apesar da ação, o espanhol Pedro Agramunt seguirá à frente da instituição até o fim de seu mandato, em dezembro, já que se nega a renunciar

Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa: decisão ocorreu no centro de uma polêmica por uma viagem à Síria para se reunir com Bashar al-Assad (Vincent Kessler/Reuters)
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AFP

Publicado em 28 de abril de 2017 às 13h46.

Última atualização em 28 de abril de 2017 às 13h46.

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) retirou nesta sexta-feira a confiança no seu presidente, o espanhol Pedro Agramunt, no centro de uma polêmica por uma viagem à Síria para se reunir com Bashar al-Assad, anunciou em um comunicado.

Agramunt, o senador conservador valenciano de 65 anos que preside esta instância desde 2016, seguirá à frente da instituição até o fim de seu mandato, em dezembro, já que se nega a renunciar e a Assembleia não tem o poder de destituí-lo, afirma o comunicado.

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No entanto, Agramunt já não pode se valer de sua condição de presidente da APCE em suas viagens oficiais ou em suas declarações públicas, decidiu o órgão dirigente da Assembleia, que reúne os presidentes de grupos políticos, de comissões temáticas e os 20 vice-presidentes.

Agramunt, que não voltou a aparecer no hemiciclo da Assembleia de Estrasburgo desde terça-feira, não participou desta reunião do órgão dirigente da APCE.

Este isolamento era necessário porque "as normas e princípios da Assembleia Parlamentar são mais importantes que qualquer membro, e a integridade de nossa Assembleia deve ser preservada", explicou um dos vice-presidentes da APCE, o britânico Roger Gale.

Estes sobressaltos são inéditos na longa história desta instituição, que permite que 324 parlamentares de 47 países da Europa se reúnam quatro semanas por ano em Estrasburgo para debater sobre a defesa dos direitos humanos, da promoção do Estado de direito e da luta contra a corrupção.

Desde a abertura da sessão plenária da primavera (boreal) da Assembleia, na manhã de segunda-feira, muitos membros criticaram Agramunt, às vezes em termos muito fortes, por ter viajado a Damasco em março - em um avião disponibilizado pelo governo russo - e se encontrado com o presidente Bashar al-Assad.

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