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Assange considera um "insulto" resposta britânica à ONU

Em entrevista coletiva em Londres, Assange se referiu à afirmação do ministro das Relações Exteriores britânico que rotulou de "ridículas" as conclusões da ONU


	Julian Assange: o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, rotulou de "ridículas" as conclusões da ONU
 (Geoff Caddick/AFP)

Julian Assange: o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, rotulou de "ridículas" as conclusões da ONU (Geoff Caddick/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 11h06.

Londres - O fundador do portal Wikileaks, Julian Assange, qualificou nesta sexta-feira de "insulto" a resposta do governo britânico à opinião do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre detenções arbritárias.

Em entrevista coletiva por videoconferência desde a embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado, Assange se referiu à resposta do ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, que rotulou de "ridículas" as conclusões da ONU, que determinam que sua detenção foi "arbitrária".

O jornalista australiano acrescentou que os comentários de Hammond estão "abaixo" de sua função como ministro das Relações Exteriores e são "insultantes" para o trabalho das Nações Unidas.

Assange, que se refugiou na legação diplomática em 2012 para evitar ser extraditado à Suécia, admitiu se sentir "exonerado" ao conhecer a opinião do grupo de trabalho.

Sua detenção em Londres foi formalmente considerada "ilegal" pela ONU, uma decisão que é "juridicamente vinculativa", ressaltou Assange, que admitiu que hoje pode sorrir.

O ministro das Relações Exteriores afirmou hoje que a postura da ONU "não muda nada" e insistiu que Assange é um "fugitivo da Justiça".

"Eu rejeito a decisão deste grupo de trabalho. É um grupo formado por pessoas leigas e não advogados. Julian Assange é um fugitivo da Justiça. Se esconde da Justiça na embaixada do Equador. Pode sair quando quiser, mas terá que enfrentar a Justiça na Suécia", recalcou.

Assange se refugiou na embaixada do Equador para evitar que as autoridades britânicas o extraditassem à Suécia, país que solicitou sua entrega em relação com supostos delitos de agressão sexual, que ele nega.

O jornalista pediu asilo a Quito após ter esgotado todas as vias legais no Reino Unido, a fim de evitar sua entrega à Suécia, pois teme que esse país o enviará aos EUA, onde foi aberto um caso de espionagem contra si pelas milhares de informações confidenciais do governo americano filtradas pelo Wikileaks.

Texto atualizado às 11h57.

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