John Kerry fala com homólogo britânico William Hague durante reunião "Amigos da Síria" em Amã nesta quarta-feira (22) (Jim Young/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 12h44.
Amã - O grupo Amigos da Síria afirmou nesta quinta-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, não tem lugar no futuro do país e comprometeu-se a aumentar seu apoio à oposição até que um governo de transição seja estabelecido.
Em um comunicado conjunto divulgado ao final de mais de cinco horas de reunião na Jordânia, as onze nações concordaram que "Assad, seu regime e seus aliados próximos com sangue em suas mãos não podem desempenhar papel algum no futuro da Síria".
"Os ministros também enfatizaram que até o momento em que a reunião de Genebra estabelecer um governo de transição, eles aumentarão o seu apoio à oposição e darão todos os outros passos necessários", indicou o comunicado.
Um alto funcionário americano não confirmou, no entanto, se isso significa que Washington finalmente deixará de lado sua relutância em fornecer armas aos rebeldes.
O encontro reuniu os ministros de Relações Exteriores de Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Qatar, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Turquia e Alemanha.
Os chanceleres se reuniram em um hotel de Amã, antes de se encontrar com o presidente interino da Coalizão Nacional Síria, George Sabra, e outros dois líderes rebeldes.
O ministro catariano das Relações Exteriores, Hassem bin Jassem al-Thani, acusou Assad de "continuar matando seu povo com a ajuda externa e usando armas proibidas".
O conflito sírio, que chegou ao seu terceiro ano, já deixou mais de 94.000 mortos.
Estados Unidos e Rússia apoiam lados opostos no conflito, mas manifestaram seu desejo de reunir os inimigos sírios na conferência que será realizada no mês que vem, que ainda não tiveram data e local divulgados.
"Gostaríamos de pedir que o presidente Assad demonstre o mesmo compromisso para tentar obter a paz em seu próprio país. Isto é fundamental", disse o secretário de Estado americano, John Kerry, em uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do ministro jordaniano das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh.