Asean aprova que Mianmar presida o grupo em 2014
Desde a entrada do país na associação em 1997, o regime militar de Mianmar colocou um obstáculo entre organização regional e a comunidade internacional
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 12h29.
Nusa Dua - Os líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) aprovaram nesta quinta-feira que Mianmar (antiga Birmânia) presida o grupo em 2014, em uma tentativa destinada a incentivar a integração regional.
Desde a entrada de Mianmar na Asean em 1997, o regime militar do país supôs um obstáculo para as relações da organização regional com uma parte da comunidade internacional.
Durante o primeiro dia da cúpula na ilha indonésia de Bali, os chefes de Estados e governo também debateram a disputa sobre o mar da China Meridional, que afeta a maior parte dos países-membros, entre outros assuntos.
O ministro de Relações Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa, afirmou em entrevista coletiva que a decisão de conceder a Presidência da Asean a Mianmar foi 'unânime', embora também tenham pedido ao governo birmanês 'que demonstre que o processo de democratização é irreversível'.
O chanceler indonésio explicou que os líderes levaram em conta os avanços para a democracia incentivados pelo presidente birmanês, Thein Sein, um ex-general que fez parte da Junta Militar dissolvida em março.
'O que os líderes fizeram ao confirmar a designação de Mianmar para ocupar a Presidência da Asean em 2014 é tentar garantir que o processo de mudanças continue', afirmou Natalegawa.
O ministro apontou que a comunidade internacional observará a evolução de Mianmar, que no passado renunciou à Presidência do grupo por causa da rejeição internacional a se reunir em um país sancionado pelas violações dos direitos humanos.
Desde que Thien Sein assumiu a Presidência, Mianmar efetuou algumas mudanças em seu sistema político, suavizou a censura, autorizou a criação de sindicatos, liberou cerca de 300 presos políticos e retomou o diálogo com a chefe do movimento democrático, a nobel da paz Aung San Suu Kyi.
Suu Kyi completou no último dia 13 seu primeiro ano em liberdade após ficar em prisão domiciliar desde 2003.
A decisão de entregar a Presidência da Asean a Mianmar em 2014 foi adotada horas antes da chegada a Bali do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que reorientou a política da Casa Branca com relação ao país por causa dos recentes progressos, embora Washington mantenha as sanções econômicas.
Outro assunto que centrou os debates da cúpula foi a busca de soluções para a disputa territorial no mar da China Meridional, onde vários países-membros da Asean se enfrentam pela soberania das ilhas Paracel e Spratly.
'As condições para conseguir um acordo melhoraram e todos concordamos que a solução só pode ser alcançada através do diálogo', afirmou Natalegawa.
Em julho, os ministros de Relações Exteriores da Asean e da China conseguiram um pacto que fixa as pautas para implementar a Declaração de Conduta, um documento com resolução de disputas territoriais no mar da China Meridional que ainda não foi implementado.
Os líderes da Asean também dedicaram grande parte das conversas aos progressos da associação pela integração econômica, que as economias mais desenvolvidas devem alcançar em 2015. Natalegawa afirmou que é um 'caminho no qual se deve avançar com garantias e com a segurança de que as economias da Asean continuarão sendo fortes'.
A cúpula da Asean continuará na sexta-feira com uma série de reuniões bilaterais entre os países que compõem o grupo e nações como os Estados Unidos, China, Japão ou Coreia do Sul.
Obama e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também devem participar da cúpula do fórum da Ásia Oriental, que será realizado no sábado.
A Asean, fundada em 1967, é formada por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
O fórum da Ásia Oriental tem como membros os países da Asean, além de Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão e Nova Zelândia.
Nusa Dua - Os líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) aprovaram nesta quinta-feira que Mianmar (antiga Birmânia) presida o grupo em 2014, em uma tentativa destinada a incentivar a integração regional.
Desde a entrada de Mianmar na Asean em 1997, o regime militar do país supôs um obstáculo para as relações da organização regional com uma parte da comunidade internacional.
Durante o primeiro dia da cúpula na ilha indonésia de Bali, os chefes de Estados e governo também debateram a disputa sobre o mar da China Meridional, que afeta a maior parte dos países-membros, entre outros assuntos.
O ministro de Relações Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa, afirmou em entrevista coletiva que a decisão de conceder a Presidência da Asean a Mianmar foi 'unânime', embora também tenham pedido ao governo birmanês 'que demonstre que o processo de democratização é irreversível'.
O chanceler indonésio explicou que os líderes levaram em conta os avanços para a democracia incentivados pelo presidente birmanês, Thein Sein, um ex-general que fez parte da Junta Militar dissolvida em março.
'O que os líderes fizeram ao confirmar a designação de Mianmar para ocupar a Presidência da Asean em 2014 é tentar garantir que o processo de mudanças continue', afirmou Natalegawa.
O ministro apontou que a comunidade internacional observará a evolução de Mianmar, que no passado renunciou à Presidência do grupo por causa da rejeição internacional a se reunir em um país sancionado pelas violações dos direitos humanos.
Desde que Thien Sein assumiu a Presidência, Mianmar efetuou algumas mudanças em seu sistema político, suavizou a censura, autorizou a criação de sindicatos, liberou cerca de 300 presos políticos e retomou o diálogo com a chefe do movimento democrático, a nobel da paz Aung San Suu Kyi.
Suu Kyi completou no último dia 13 seu primeiro ano em liberdade após ficar em prisão domiciliar desde 2003.
A decisão de entregar a Presidência da Asean a Mianmar em 2014 foi adotada horas antes da chegada a Bali do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que reorientou a política da Casa Branca com relação ao país por causa dos recentes progressos, embora Washington mantenha as sanções econômicas.
Outro assunto que centrou os debates da cúpula foi a busca de soluções para a disputa territorial no mar da China Meridional, onde vários países-membros da Asean se enfrentam pela soberania das ilhas Paracel e Spratly.
'As condições para conseguir um acordo melhoraram e todos concordamos que a solução só pode ser alcançada através do diálogo', afirmou Natalegawa.
Em julho, os ministros de Relações Exteriores da Asean e da China conseguiram um pacto que fixa as pautas para implementar a Declaração de Conduta, um documento com resolução de disputas territoriais no mar da China Meridional que ainda não foi implementado.
Os líderes da Asean também dedicaram grande parte das conversas aos progressos da associação pela integração econômica, que as economias mais desenvolvidas devem alcançar em 2015. Natalegawa afirmou que é um 'caminho no qual se deve avançar com garantias e com a segurança de que as economias da Asean continuarão sendo fortes'.
A cúpula da Asean continuará na sexta-feira com uma série de reuniões bilaterais entre os países que compõem o grupo e nações como os Estados Unidos, China, Japão ou Coreia do Sul.
Obama e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também devem participar da cúpula do fórum da Ásia Oriental, que será realizado no sábado.
A Asean, fundada em 1967, é formada por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
O fórum da Ásia Oriental tem como membros os países da Asean, além de Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão e Nova Zelândia.