Avião presidencial do México: aeronave será vendida pelo novo presidente, que irá viajar em voos comerciais (Edgard Garrido/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 12h03.
São Paulo – O novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (conhecido pela sigla AMLO), deu o aval nesta semana para a venda do luxuoso avião presidencial usado por seu antecessor, Enrique Peña Nieto.
A ação é uma das promessas de campanha que AMLO começou a tornar realidade desde a sua posse em 1º de dezembro. De acordo com ele, viajará em aeronaves comerciais quando for necessário se deslocar em compromissos oficiais.
O novo presidente chamou a aeronave de “símbolo imponente do excesso” e a colocou à venda junto de outros 60 aviões e 70 helicópteros. A aeronave é um Boeing 787 Dreamliner avaliado em 218 milhões de dólares e foi adquirido no final de 2012 pelo então presidente Felipe Calderón e realizou mais de 200 viagens desde então.
¡Hola! Compartimos el #ComunicadoDePrensa del mensaje que se dio ayer sobre la venta del #AviónPresidencial. #Transparencia pic.twitter.com/7Ym4SQrU4s
— Hacienda (@Hacienda_Mexico) December 3, 2018
O avião presidencial seguiu no início da semana para a Califórnia, nos Estados Unidos, onde será mantido até que se encontre um novo dono. Nas redes sociais, a Secretaria da Fazenda e Crédito Público divulgou imagens que mostram toda a pompa do avião. Veja abaixo:
El #AviónPresidencial se vende y mañana despegará. Te enseñamos fotos. ✈️ #Austeridad pic.twitter.com/yrebZOa3IE
— Hacienda (@Hacienda_Mexico) December 2, 2018
De acordo com autoridades do novo governo, o processo de venda será supervisionado pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). “Queremos garantir aos mexicanos a transparência nesse processo”, disse diretor-geral do Banobras, o Banco Nacional de Obras e Serviços Públicos do México, “é um patrimônio mexicano”.
AMLO
Andrés Manuel López Obrador foi eleito à Presidência do México com uma ampla margem de vantagem ante seu rival Ricardo Anaya, candidato apoiado por uma coalizão de direita e esquerda (PAN, PRD e Movimento Cidadão).
Sua vitória foi vista como "histórica" por ser a primeira vez que a esquerda conquista o posto no país e é ainda considerada mais um exemplo global do descontentamento geral das populações em relação ao establishment político vigente.