Argentina tem "zonas liberadas" para tráfico, diz auditor
Auditor geral denunciou que o país renunciou de forma deliberada a controlar o tráfico de drogas em seu espaço aéreo e nos portos
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2013 às 22h18.
Buenos Aires - O auditor geral da Argentina , Leandro Despouy, denunciou nesta quarta-feira que o país renunciou de forma deliberada a controlar o tráfico de drogas em seu espaço aéreo e nos portos, os quais qualificou como "zonas liberadas" para o narcotráfico, uma acusação desmentida pelo governo.
"Há um quadro geral de falta de controle no tema das drogas, ao que se soma a situação que temos em portos importantísssimos de nosso país. Há uma ausência deliberada: o Estado renunciou a exercer o controle", declarou hoje Despouy à rádio "Continental".
"Temos céus e portos, como provam os fatos, habilitados ao tráfico de entorpecentes", acrescentou o auditor geral, designado pela oposição.
Segundo Despouy, no governo argentino "não há vontade de impedir a comercialização ou o envio das cargas de drogas", o que, segundo sua opinião, facilitou que a Argentina seja "um dos principais exportadores de drogas do mundo".
As acusações de Despouy se sustentam em um crítico relatório da Auditoria Geral da Nação (AGN) sobre os erros detectados nos escâneres dos portos de Buenos Aires e das cidades portenhas de Campana e San Lorenzo entre julho de 2010 e junho de 2011.
Despouy denunciou que os aparelhos das alfândegas "não detectam" nos portos "a diferença entre substâncias orgânicas e inorgânicas", o que dá margem "à exportação de drogas sem nenhum tipo de controle".
A diretora geral de Alfândegas na Argentina, María Siomara Ayerán, desmentiu hoje através de um comunicado o relatório da AGN.
"(Despouy) nunca solicitou uma reunião para se inteirar do funcionamento dos escâneres, nem sequer deu uma volta pelo porto para verificar o funcionamento destas ferramentas", afirmou Ayerán.
Segundo a diretora, a Argentina adquiriu neste ano dez escâneres de última geração e conta, além disso, com 300 cães adestrados na detecção de narcóticos.
"Uma clara mostra da intencionalidade política de Despouy vem da divulgação de relatórios técnicos que são próprios do âmbito da gestão do Estado, através dos meios hegemônicos", ressaltou.
O último relatório anual das Nações Unidas apontou a Argentina como o terceiro maior exportador de cocaína em todo o mundo, atrás de Brasil e Colômbia, segundo a origem das cargas confiscadas mundialmente entre 2001 e 2012.
Buenos Aires - O auditor geral da Argentina , Leandro Despouy, denunciou nesta quarta-feira que o país renunciou de forma deliberada a controlar o tráfico de drogas em seu espaço aéreo e nos portos, os quais qualificou como "zonas liberadas" para o narcotráfico, uma acusação desmentida pelo governo.
"Há um quadro geral de falta de controle no tema das drogas, ao que se soma a situação que temos em portos importantísssimos de nosso país. Há uma ausência deliberada: o Estado renunciou a exercer o controle", declarou hoje Despouy à rádio "Continental".
"Temos céus e portos, como provam os fatos, habilitados ao tráfico de entorpecentes", acrescentou o auditor geral, designado pela oposição.
Segundo Despouy, no governo argentino "não há vontade de impedir a comercialização ou o envio das cargas de drogas", o que, segundo sua opinião, facilitou que a Argentina seja "um dos principais exportadores de drogas do mundo".
As acusações de Despouy se sustentam em um crítico relatório da Auditoria Geral da Nação (AGN) sobre os erros detectados nos escâneres dos portos de Buenos Aires e das cidades portenhas de Campana e San Lorenzo entre julho de 2010 e junho de 2011.
Despouy denunciou que os aparelhos das alfândegas "não detectam" nos portos "a diferença entre substâncias orgânicas e inorgânicas", o que dá margem "à exportação de drogas sem nenhum tipo de controle".
A diretora geral de Alfândegas na Argentina, María Siomara Ayerán, desmentiu hoje através de um comunicado o relatório da AGN.
"(Despouy) nunca solicitou uma reunião para se inteirar do funcionamento dos escâneres, nem sequer deu uma volta pelo porto para verificar o funcionamento destas ferramentas", afirmou Ayerán.
Segundo a diretora, a Argentina adquiriu neste ano dez escâneres de última geração e conta, além disso, com 300 cães adestrados na detecção de narcóticos.
"Uma clara mostra da intencionalidade política de Despouy vem da divulgação de relatórios técnicos que são próprios do âmbito da gestão do Estado, através dos meios hegemônicos", ressaltou.
O último relatório anual das Nações Unidas apontou a Argentina como o terceiro maior exportador de cocaína em todo o mundo, atrás de Brasil e Colômbia, segundo a origem das cargas confiscadas mundialmente entre 2001 e 2012.