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Argentina recebe Putin de olho nos Brics e em acordo nuclear

Apesar da pretensão da Argentina de se tornar membro pleno dos Brics, Putin foi cauteloso quando falou sobre "uma aliança estratégica" entre o bloco e Argentina


	Cristina Kirchner: ela terá apenas uma reunião com Putin na Casa Rosada
 (Diego Giudice/Bloomberg)

Cristina Kirchner: ela terá apenas uma reunião com Putin na Casa Rosada (Diego Giudice/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 21h12.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, receberá neste sábado o colega russo, Vladimir Putin, com o objetivo de estreitar os laços em matéria de cooperação nuclear e se aproximar dos BRICS, grupo que aspira a integrar, ao lado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Putin chegará a Buenos Aires como parte de uma viagem à América Latina que incluiu Cuba e passará pelo Brasil, onde participará da reunião dos BRICS, no dia 15 de julho, em Fortaleza. A Argentina participará, a convite de Putin, da reunião do grupo dos BRICS em Fortaleza.

Apesar da pretensão da Argentina de se tornar membro pleno do bloco, Putin foi cauteloso na quinta-feira, em Cuba, quando preferiu se pronunciar por "uma aliança estratégica" entre os BRICS e a Argentina.

Putin assinalou que "a questão de aumentar o número de membros dos BRICS não é considerada no momento. Primeiro é preciso otimizar todos os numerosos formatos da cooperação estabelecidos no grupo".

Após abordar este tema com Kirchner em Buenos Aires, Putin assistirá no domingo, no Maracanã, a partida da final da Copa do Mundo entre Argentina e Alemanha, para receber da presidente Dilma Rousseff a missão de organizar o próximo Mundial, em 2018.

A agenda argentina de Putin prevê apenas uma reunião com Kirchner na Casa Rosada, informaram fontes do governo à AFP.

Argentina e Rússia devem firmar, em Buenos Aires, acordos para promover projetos de cooperação nuclear com objetivos pacíficos.

Entre as possíveis parcerias, a Rússia poderia participar do projeto de construção da central nuclear Atucha III, estimado em 3 bilhões de dólares, no norte da província de Buenos Aires.

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