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Argentina pede ajuda do FMI para desenhar novo índice de inflação

Índice oficial de inflação do país sofre com desconfiança de manipulação pelo governo

Amado Boudou , ministro da Fazenda da Argentina, anunciou a ajuda do FMI  (WPA/Getty Images)

Amado Boudou , ministro da Fazenda da Argentina, anunciou a ajuda do FMI (WPA/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 16h11.

Buenos Aires - Argentina pediu a "assistência técnica" ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para desenhar um índice de preços em nível nacional, anunciou nesta terça-feira o ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou.

O ministro fez o anúncio em um momento em que recrudescem as advertências de analistas sobre os altos índices de inflação que a economia argentina pode suportar e rejeitam os dados estatísticos do país (Indec), suspeitos de serem manipulados.

"Solicitamos assistência técnica em um ponto no qual em particular eles (o Fundo Monetário) têm experiência", disse durante uma entrevista coletiva.

Afirmou que o pedido ao organismo financeiro internacional procura dar um "salto de qualidade" nos dados fornecidos pelo instituto do país.

"A assistência técnica tem a ver com a confecção de estatísticas", apontou Boudou.

Argentina nega taxativamente que as contas públicas precisem de revisões anuais do Fundo Monetário, cujas "receitas" costumam ser alvo de duras críticas da presidente Cristina Fernández de Kirchner e outros funcionários.

As estatísticas do Indec estão sob suspeita desde de 2007, quando o ente oficial mudou a metodologia de cálculo do índice de inflação.

Desde então, os números oficiais de inflação ficaram abaixo dos cálculos de consultorias privadas, que para este ano preveem uma alta do custo de vida de pelo menos 25%, frente à pauta oficial de 8% anual.

Segundo o Indec, os preços ao consumidor subiram 7,7% em 2009, embora estudos privados tenham duplicado o percentual oficial.

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