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Argentina julga crimes contra humanidade antes da ditadura

Dez ex-militares, nove ex-policiais e um ex-guarda são acusados, mas a promotoria ainda tenta incluir outros 20 neste julgamento

Argentina: dez ex-militares, nove ex-policiais e um ex-guarda são acusados, mas a promotoria ainda tenta incluir outros 20 neste julgamento (Johan Ordonez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 11h45.

Buenos Aires - O julgamento da ação 'Operação Independência' começou nesta quinta-feira em Tucumán, no norte da Argentina , com 20 acusados por crimes contra a humanidade cometidos entre 5 de fevereiro de 1975 até o golpe de estado de 24 de março de 1976, que originou a última ditadura militar do país.

Dez ex-militares, nove ex-policiais e um ex-guarda são acusados, mas a promotoria ainda tenta incluir outros 20 - atualmente com processamentos em revisão - neste julgamento.

Segundo o Ministério Público, o debate, cuja primeira audiência começou no Tribunal Oral Criminal Federal de Tucumán, aborda os fatos que fizeram 270 vítimas no procedimento que "inaugurou o terrorismo de Estado" antes do golpe que originou o período ditatorial, que durou até 1983.

A acusação afirma que "a primeira intervenção em massa das forças armadas e de segurança em um plano sistemático de extermínio de opositores políticos mediante a utilização do aparelho estatal e de controle social através do terror, foi levada adiante com a aquiescência do governo civil na província de Tucumán desde fevereiro de 1975".

No início da audiência foi debatida a incapacidade de um dos acusados, de 84 anos, por questões de saúde.

Esse julgamento deve durar vários meses, já que foram arroladas 1.400 pessoas como testemunhas.

Em março, a justiça rejeitou um pedido para que a ex-presidente argentina María Estela Isabelita Martínez de Perón (1974-1976), que governava o país na época da operação, e que atualmente vive na Espanha, fosse intimada como testemunha no julgamento.

De acordo com a investigação, algumas das 270 vítimas (217 homens e 53 mulheres) sofreram mais de um sequestro, e do total, 116 continuam desaparecidas, 100 foram liberadas, 17 assassinadas e 37 "legalizadas", ou seja, tiveram reconhecido seu cativeiro por terem sido presas clandestinamente e depois colocadas em liberdade.

A investigação está analisando individualmente os 270 casos, e advertiu que foram denunciados 41 lugares de detenção clandestina em toda a província, distribuídos em nove departamentos.

Além disso, apontou que na 'Operação Independência' participaram organicamente o exército, a gendarmaria, as policiais provincial e federal, o Serviço Penitenciário e a Força Aérea.

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Buenos Aires - O julgamento da ação 'Operação Independência' começou nesta quinta-feira em Tucumán, no norte da Argentina , com 20 acusados por crimes contra a humanidade cometidos entre 5 de fevereiro de 1975 até o golpe de estado de 24 de março de 1976, que originou a última ditadura militar do país.

Dez ex-militares, nove ex-policiais e um ex-guarda são acusados, mas a promotoria ainda tenta incluir outros 20 - atualmente com processamentos em revisão - neste julgamento.

Segundo o Ministério Público, o debate, cuja primeira audiência começou no Tribunal Oral Criminal Federal de Tucumán, aborda os fatos que fizeram 270 vítimas no procedimento que "inaugurou o terrorismo de Estado" antes do golpe que originou o período ditatorial, que durou até 1983.

A acusação afirma que "a primeira intervenção em massa das forças armadas e de segurança em um plano sistemático de extermínio de opositores políticos mediante a utilização do aparelho estatal e de controle social através do terror, foi levada adiante com a aquiescência do governo civil na província de Tucumán desde fevereiro de 1975".

No início da audiência foi debatida a incapacidade de um dos acusados, de 84 anos, por questões de saúde.

Esse julgamento deve durar vários meses, já que foram arroladas 1.400 pessoas como testemunhas.

Em março, a justiça rejeitou um pedido para que a ex-presidente argentina María Estela Isabelita Martínez de Perón (1974-1976), que governava o país na época da operação, e que atualmente vive na Espanha, fosse intimada como testemunha no julgamento.

De acordo com a investigação, algumas das 270 vítimas (217 homens e 53 mulheres) sofreram mais de um sequestro, e do total, 116 continuam desaparecidas, 100 foram liberadas, 17 assassinadas e 37 "legalizadas", ou seja, tiveram reconhecido seu cativeiro por terem sido presas clandestinamente e depois colocadas em liberdade.

A investigação está analisando individualmente os 270 casos, e advertiu que foram denunciados 41 lugares de detenção clandestina em toda a província, distribuídos em nove departamentos.

Além disso, apontou que na 'Operação Independência' participaram organicamente o exército, a gendarmaria, as policiais provincial e federal, o Serviço Penitenciário e a Força Aérea.

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