Mundo

Argentina autoriza o uso da vacina da Pfizer contra a covid-19

Apesar da aprovação, o país ainda está negociando a compra das doses da vacina com a empresa farmacêutica

Argentina: Com 44 milhões de habitantes, o país registra 42.234 mortes e mais de 1,5 milhão de casos de covid-19 (Dado Ruvic/Reuters)

Argentina: Com 44 milhões de habitantes, o país registra 42.234 mortes e mais de 1,5 milhão de casos de covid-19 (Dado Ruvic/Reuters)

A

AFP

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 14h42.

O órgão regulador de alimentos e medicamentos da Argentina (ANMAT) autorizou o uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNtech, a primeira a ser licenciada no país sul-americano, enquanto o governo negocia um acordo de prestação de serviços com aquela empresa.

"A Administração Nacional de Medicamentos e Alimentos informa que, por meio do Regulamento 9210/20, autorizou a inscrição no Registro de Especialidades Medicinais do produto "Comirnaty/BNT162b2", uma vacina para SARS-COV-2 da empresa Pfizer", disse em um comunicado nesta quarta-feira.

Segundo a ANMAT, essa vacina "apresenta uma relação risco-benefício aceitável" que permite sua autorização, concedida pelo prazo de um ano sob a condição de venda sob prescrição, afirmou a parte.

A Argentina participou com voluntários da fase 3 do estudo da vacina da Pfizer, mas, nas últimas semanas, as negociações para o fornecimento de doses pararam, informou o governo.

"Temos conversas com muitos laboratórios. A primeira com que falamos foi a Pfizer, então temos certa frustração de que isso não saia", lamentou nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Ginés González García, em declarações à rádio El Destape.

"Quando isso acabar, a verdade será conhecida", acrescentou.

O ministro disse que o laboratório estabeleceu novas condições "inaceitáveis" para o fornecimento de vacinas, sem entrar em detalhes, mas depois esclareceu que as negociações continuam e espera que "corram bem".

"O compromisso que existia era que, se a Argentina colocasse voluntários, teria prioridade para negociar, mas a negociação não é fácil, ainda é um produto comercial", afirmou o diretor do estudo de vacinas da Pfizer na Argentina, Gonzalo Pérez Marc.

No mês passado, o Congresso aprovou uma lei que concedeu ao Poder Executivo poderes para firmar contratos e cobrir a indústria farmacêutica para garantir o cumprimento dos acordos e pagamentos.

A Argentina já tem um acordo com a Rússia para o fornecimento das vacinas Sputnik V, elaboradas pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya - o que ainda não foi aprovado pela ANMAT.

Na terça-feira, um voo da Aerolíneas Argentinas partiu para Moscou em busca de 300 mil doses da Sputnik V que vão permitir o início da campanha de vacinação no país sul-americano.
O acordo global prevê o fornecimento de 25 milhões de doses.

A Argentina também assinou convênios de fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford associada à farmacêutica AstraZeneca e faz parte do mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com 44 milhões de habitantes, a Argentina registra 42.234 mortes e mais de 1,5 milhão de casos de covid-19.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCoronavírusPfizervacina contra coronavírusVacinas

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame