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Após confrontos, fronteira entre Brasil e Venezuela amanhece tranquila

Venezuelanos disseram que apesar do fechamento oficial, os próprios guardas da fronteira sugerem que eles atravessem para o Brasil pelas trilhas no mato

People react at the border between Venezuela and Brazil in Pacaraima, Roraima state, Brazil, February 22, 2019. REUTERS/Ricardo Moraes (Ricardo Moraes/Reuters)

People react at the border between Venezuela and Brazil in Pacaraima, Roraima state, Brazil, February 22, 2019. REUTERS/Ricardo Moraes (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 10h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2019 às 11h05.

Pacaraima — A fronteira entre Brasil e Venezuela em Roraima amanheceu mais tranquila neste domingo (24) depois de confrontos ontem entre manifestantes venezuelanos e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB).

O fluxo de imigrantes vindos da Venezuela voltou à divisa, apesar do fechamento da fronteira.

Venezuelanos vindos de Santa Elena do Uairen disseram que apesar do fechamento oficial da divisa, os próprios guardas da fronteira sugerem que eles atravessem para o Brasil pelas "trocas" — trilhas no mato ao lado da estrada.

Ainda há um efetivo da GNB guardando a aduana, mas já não em formação de coluna como havia neste sábado (23).

Ontem, dois caminhões cheios de ajuda humanitária foram incendiados, quando os militares venezuelanos bloquearam a passagem de uma caravana de quatro caminhões e jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Guardas desertam

Na noite deste sábado (24), ao menos dois sargentos da guarda nacional Bolivariana desertaram em Pacaraima.

A informação é do segundo o coronel Georges Kanaam. Eles estavam envolvidos no conflito de ontem entre manifestantes e a GNB na fronteira.

Os dois se juntam aos pelo menos 60 membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela e dois da polícia que já se desertaram em meio à tentativa de entrada da ajuda humanitária ao território venezuelano, confirmou Migração da Colômbia.

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