Mundo

Após escândalo com PwC na China, KPMG e EY assumem auditorias no país

Vinte e oito das 34 empresas chinesas que já encerraram seus contratos de auditoria com a PwC já encontraram novos auditores

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 15 de junho de 2024 às 17h07.

De acordo com o site de notícias chinês, Yicai Global, gigantes globais de consultoria, como Ernst & Young (EY) e KPMG, assim como algumas firmas de contabilidade financiadas por chineses, fecharam contrato com grande parte das empresas chinesas que abandonaram a PricewaterhouseCoopers (PwC), após seu envolvimento no escândalo de fraude financeira do China Evergrande Group.

Vinte e oito das 34 empresas chinesas que já encerraram seus contratos de auditoria com a PwC já encontraram novos auditores, segundo cálculos do Yicai.

A China Life Insurance, o People’s Insurance Company Group of China e outras seis escolheram a EY. O China Merchants Group, a China Taiping Insurance Holdings e outros cinco escolheram a KPMG. Já o China Railway Group, a Shanghai Pharmaceuticals Holding e outros cinco escolheram a Deloitte Touche Tohmatsu. As restantes fecharam contratos firmas de contabilidade financiadas por chineses, como a ShineWing, a BDO Shu Lun Pan Certified Public Accountants, a Zhongxinghua CPAs e a Grant Thornton International.

Um total de 34 empresas chinesas cortaram seus laços com a PwC e suas afiliadas na esteira do escândalo financeiro na Evergrande, que envolveu taxas de auditoria de mais de 460 milhões de yuans (US$ 63,4 milhões), de acordo com cálculos do Yicai. As autoridades chinesas estão investigando o trabalho da gigante de contabilidade para a incorporadora falida.

No entanto, ainda há algumas empresas chinesas que renovaram seus contratos com a PwC. A gigante chinesa de cosméticos Jahwa United anunciou em 5 de junho que seu comitê de auditoria e gestão de risco confirmou a unidade local da PwC, PwC Zhong Tian, como sua auditora para este ano, com taxas relacionadas de cerca de 4 milhões de yuans (US$ 551.340).

Os conselhos de acionistas da operadora China Telecom e da transportadora SF Holding aprovaram recentemente as propostas para renovar os contratos da PwC. As duas empresas gastaram 59 milhões de yuans e 18,5 milhões de yuans (US$ 8,1 milhões e US$ 2,6 milhões), respectivamente, em taxas de auditoria no ano passado.

Em 18 de março, a unidade da Evergrande, Evergrande Real Estate Group, anunciou que foi punida administrativamente pela Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China por inflar sua receita em mais de 560 bilhões de yuans (US$ 77,3 bilhões) nos relatórios de ganhos de 2019 e 2020. A CSRC multou a unidade em 4,2 bilhões de yuans (US$ 579,5 milhões).

A Evergrande, que agora está em liquidação, usou a PwC como sua auditora por 14 anos, entre 2009 e janeiro do ano passado. A PwC emitiu pareceres sem ressalvas sobre os relatórios anuais da incorporadora de 2009 a 2020.

Acompanhe tudo sobre:PwCChina

Mais de Mundo

Biden viaja a Los Angeles para evento de arrecadação de fundos com celebridades

Milhares de pessoas protestam contra a extrema direita na França

G7 critica governo Maduro por retirar convite à UE para observar eleições presidenciais

Suíça sedia cúpula pela paz na Ucrânia sem a presença de Putin

Mais na Exame