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Após crise, Obama pede ao Congresso que volte a trabalhar

Presidente pediu ao Congresso que retome temas como a reforma da imigração, enquanto Washington reúne os cacos da destrutiva crise fiscal

Presidente norte-americano Barack Obama é visto durante coletiva de imprensa em Washington (Jason Reed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 18h34.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , pediu nesta quinta-feira ao Congresso que retome temas como a reforma da imigração, enquanto Washington reúne os cacos da destrutiva crise fiscal que desacelerou a economia e afetou o prestígio internacional do país.

Menos de 12 horas depois de sancionar a lei que encerrou 16 dias de paralisia parcial do governo e evitou uma catastrófica moratória , Obama afirmou que os parlamentares precisam parar de pular de crise em crise, dedicando-se em vez disso a buscar consensos em torno de questões que incluem também a política agrícola e políticas orçamentárias de longo prazo.

"Todos os meus amigos no Congresso têm de entender que a forma como se fazem negócios nesta cidade precisa mudar. Porque todos nós temos muito trabalho a fazer", disse ele na Casa Branca.

No Congresso, negociadores republicanos e democratas mantiveram sua primeira reunião para discutir soluções orçamentárias de longo prazo. A comissão tem de chegar a um acordo até 13 de dezembro, mas não há garantias de que conseguirá, já que outros esforços nesse sentido fracassaram nos últimos três anos.

Na quarta-feira, a poucas horas do prazo fatídico, o Senado e a Câmara aprovaram uma lei que financia as atividades governamentais até 15 de janeiro e que estende a capacidade de endividamento até 7 de fevereiro.

Essa solução representou uma clara derrota para os republicanos, que dominam a Câmara e queriam obrigar o governo a retirar verbas para a implantação da Lei do Atendimento Médico Acessível, um dos principais marcos do governo Obama.

Essa tentativa fracassou, e o impasse acabou desviando a atenção da opinião pública da confusa implantação da nova política da saúde.

A disputa também dividiu o Partido Republicano e contrapôs os oposicionistas à opinião pública. Embora o índice de aprovação do presidente tenha caído durante a crise, as pesquisas mostraram que a maioria dos eleitores culpou os republicanos pela situação.

O deputado republicano Tom Cole, que tentará nos próximos meses selar um acordo orçamentário com os democratas, disse que é hora de avançar. "Precisávamos brigar", disse ele à MSNBC. "Agora é hora de parar e identificar as coisas com as quais concordamos." Centenas de milhares de funcionários públicos federais que haviam sido colocados em licença não-remunerada durante o impasse voltaram a trabalhar nesta quinta-feira.

O vice-presidente do país, Joe Biden, levou bolinhos aos funcionários da Agência de Proteção Ambiental, e o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, cumprimentou os servidores que voltavam à sede da agência, em Washington.

"Espero que não precisemos mais passar por isso novamente daqui a dois meses", disse Sandria Coombs, funcionária terceirizada da agência ambiental.

E o que ela fez durante a paralisação? "Rezei." (Reportagem adicional de Mark Felsenthal, Steve Holland, Susan Heavey, David Lawder, Ian Simpson e Lucia Mutikani, em Washington; e de Jonathan Spicer, em Nova York)

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Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , pediu nesta quinta-feira ao Congresso que retome temas como a reforma da imigração, enquanto Washington reúne os cacos da destrutiva crise fiscal que desacelerou a economia e afetou o prestígio internacional do país.

Menos de 12 horas depois de sancionar a lei que encerrou 16 dias de paralisia parcial do governo e evitou uma catastrófica moratória , Obama afirmou que os parlamentares precisam parar de pular de crise em crise, dedicando-se em vez disso a buscar consensos em torno de questões que incluem também a política agrícola e políticas orçamentárias de longo prazo.

"Todos os meus amigos no Congresso têm de entender que a forma como se fazem negócios nesta cidade precisa mudar. Porque todos nós temos muito trabalho a fazer", disse ele na Casa Branca.

No Congresso, negociadores republicanos e democratas mantiveram sua primeira reunião para discutir soluções orçamentárias de longo prazo. A comissão tem de chegar a um acordo até 13 de dezembro, mas não há garantias de que conseguirá, já que outros esforços nesse sentido fracassaram nos últimos três anos.

Na quarta-feira, a poucas horas do prazo fatídico, o Senado e a Câmara aprovaram uma lei que financia as atividades governamentais até 15 de janeiro e que estende a capacidade de endividamento até 7 de fevereiro.

Essa solução representou uma clara derrota para os republicanos, que dominam a Câmara e queriam obrigar o governo a retirar verbas para a implantação da Lei do Atendimento Médico Acessível, um dos principais marcos do governo Obama.

Essa tentativa fracassou, e o impasse acabou desviando a atenção da opinião pública da confusa implantação da nova política da saúde.

A disputa também dividiu o Partido Republicano e contrapôs os oposicionistas à opinião pública. Embora o índice de aprovação do presidente tenha caído durante a crise, as pesquisas mostraram que a maioria dos eleitores culpou os republicanos pela situação.

O deputado republicano Tom Cole, que tentará nos próximos meses selar um acordo orçamentário com os democratas, disse que é hora de avançar. "Precisávamos brigar", disse ele à MSNBC. "Agora é hora de parar e identificar as coisas com as quais concordamos." Centenas de milhares de funcionários públicos federais que haviam sido colocados em licença não-remunerada durante o impasse voltaram a trabalhar nesta quinta-feira.

O vice-presidente do país, Joe Biden, levou bolinhos aos funcionários da Agência de Proteção Ambiental, e o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, cumprimentou os servidores que voltavam à sede da agência, em Washington.

"Espero que não precisemos mais passar por isso novamente daqui a dois meses", disse Sandria Coombs, funcionária terceirizada da agência ambiental.

E o que ela fez durante a paralisação? "Rezei." (Reportagem adicional de Mark Felsenthal, Steve Holland, Susan Heavey, David Lawder, Ian Simpson e Lucia Mutikani, em Washington; e de Jonathan Spicer, em Nova York)

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