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Após ataque em Cabul, Alemanha suspende deportação de afegãos

A política de deportação em massa, no entanto, vai continuar, disse o Ministério do Interior alemão nesta quarta-feira

Centro de deportação: a chanceler alemã, Angela Merkel, iniciou a deportação em massa de afegãos (Sean Gallup/Getty Images)

Centro de deportação: a chanceler alemã, Angela Merkel, iniciou a deportação em massa de afegãos (Sean Gallup/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 31 de maio de 2017 às 13h43.

Berlim - A Alemanha não vai enviar postulantes a asilo de volta ao Afeganistão nos próximos dias, já que uma explosão matou ao menos 80 pessoas em Cabul, disse um porta-voz do Ministério do Interior alemão nesta quarta-feira, mas a política de deportação em massa continua em vigor.

Reagindo aos temores dos eleitores alemães sobre o influxo de mais de um milhão de refugiados desde o verão local de 2015, em dezembro o governo da chanceler alemã, Angela Merkel, iniciou a deportação em massa de afegãos.

A política gerou críticas de grupos de direitos humanos, que argumentam que estas pessoas estão sendo devolvidas a um país perigoso.

"Os empregados (da embaixada de Cabul) têm um papel logístico importante a desempenhar ao receber as pessoas deportadas... eles não podem realizar esse trabalho devidamente tão pouco tempo depois do ataque", disse o porta-voz.

"Portanto, não haverá deportações coletivas ao Afeganistão nos próximos dias", informou os repórteres.

Entre os cerca de 350 feridos pela explosão de uma bomba escondida em um caminhão de esgoto no bairro diplomático da capital afegã estavam dois funcionários da embaixada da Alemanha. Um segurança afegão foi morto e o edifício foi seriamente danificado.

"Mas é e continua a ser o caso de as deportações serem realizadas de acordo com nossas leis. Este princípio se aplica ao Afeganistão, especialmente para criminosos, e iremos continuar neste caminho", acrescentou o porta-voz.

No ano passado os afegãos foram o segundo maior grupo de postulantes a asilo na Alemanha, só atrás dos sírios, e quatro meses antes de uma eleição Merkel quer fazer com que os eleitores acreditem que ela tem a crise imigratória sob controle.

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