Apagão cibernético já gerou cancelamento de quase 1.400 mil voos pelo mundo; veja situação por país
Apagão cibernético já gerou cancelamento de quase 1.400 mil voos pelo mundo; veja situação por país
Agência de notícias
Publicado em 19 de julho de 2024 às 08h39.
Última atualização em 19 de julho de 2024 às 08h56.
Uma grande falha nos sistemas de TI afetou várias atividades nesta sexta-feira (19) ao redor do planeta, incluindo as operações de companhias aéreas internacionais, empresas ferroviárias e do setor de telecomunicações. De acordo com a empresa de análise de aviação Cirium, até as 7h da manhã desta sexta-feira (horário de Brasília), 1.390 voos haviam sido cancelados em decorrência da pane.
As principais companhias aéreas dos Estados Unidos, incluindo Delta, United e American Airlines, suspenderam os voos no início da manhã devido a "problemas de comunicação", informou a Administração Federal de Aviação (FAA). A Cirium aponta que os Estados Unidos tiveram 512 voos até 7h. Na Alemanha, foram 92 e na Índia, 56. Ao menos 45 viagens previstas na Itália foram suspensas e outras 21 no Canadá.
Uma das empresas aéreas afetadas foi a Ryanair, a maior da Europa, que pediu aos passageiros para chegarem aos aeroportos com três horas de antecedência para mitigar o transtorno.
"Potenciais perturbações em toda a rede (sexta-feira, 19 de julho) devido a uma interrupção global do sistema de terceiros… Aconselhamos os passageiros a chegarem ao aeroporto três horas antes de seu voo para evitar quaisquer transtornos", afirmou a Ryanair, em seu site.
Problemas similares afetaram os aeroportos de Berlim, na Alemanha, Amesterdã-Schiphol, nos Países Baixos, Hong Kong, assim como todos os aeroportos na Espanha, anunciaram os administradores dos terminais aeroportuários destes países.
Na Suíça, o aeroporto de Zurique, o maior do país, também suspendeu os pousos até nova ordem. Os aeroportos de Pequim não foram afetados, segundo a imprensa estatal chinesa.
Além de companhias aéreas e dos aeroportos, o apagão cibernético também afetou hospitais nos Países Baixos, a Bolsa de Valores de Londres e o sistema ferroviário britânico.
O problema que provocou um apagão cibernético mundial nesta sexta-feira (19) e perturbações em várias empresas foi "identificado" e está sendo corrigido, anunciou o CEO da CrowdStrike, empresa americana de cibersegurança.
"A CrowdStrike está trabalhando ativamente com os clientes afetados por uma falha encontrada em uma atualização de conteúdo dos usuários do Windows (...) não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi aplicada", escreveu George Kurtz nas redes sociais X e LinkedIn.
*Matéria em atualização