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Ao menos 60 mil morreram em prisões sírias desde 2011, diz ONG

Segundo o diretor da ONG, número foi obtido graças à informações de fontes de dentro dos aparatos de segurança

Síria: organização conseguiu confirmar os nomes de 14.661 mortos através de suas famílias (Louai Beshara/AFP)
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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 14h57.

Beirute - Pelo menos 60 mil pessoas morreram por torturas e pela privação de comida e remédios em prisões e centros de detenção das autoridades na Síria , segundo a apuração divulgado nesta terça-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O diretor da ONG, Rami Abdul Rahman, explicou à Agência Efe por telefone que este número foi obtido graças à informação proporcionada por fontes dentro dos aparatos de segurança, entre os quais figuram os corpos da Inteligência Aérea e da Segurança de Estado (serviços secretos), e da prisão militar de Saidnaya.

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Abdul Rahman destacou que sua organização conseguiu confirmar os nomes de 14.661 mortos através de suas famílias.

Em alguns casos, as autoridades entregaram os corpos dos detidos a seus parentes, enquanto em outros os parentes receberam um certificado de falecimento de seus próximos, precisou a fonte.

Em algumas ocasiões, algumas famílias se inteiraram quando as autoridades as chamaram para que assinassem uma declaração na qual dizia que seus entes queridos tinham sido assassinados por grupos armados opositores.

A organização Anistia Internacional (AI) denunciou em um relatório publicado hoje que o governo sírio desenvolveu de forma extrajudicial uma campanha de enforcamentos coletivos na prisão de Saidnaya, onde pelo menos 13 mil pessoas, a maioria civis que acredita-se que eram opositores, podem ter morrido.

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