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Ao menos 27 morrem, mas Síria diz ter retirado tropas

A contabilização de mortos foi feita pelos opositores, que dizem não haver movimento de retirada de tropas

Em Idleb, o Exército leal ao presidente Bashar al Assad bombardeia desde o início da manhã os municípios de Hazano e Kalali (Joseph Eid/AFP)

Em Idleb, o Exército leal ao presidente Bashar al Assad bombardeia desde o início da manhã os municípios de Hazano e Kalali (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2012 às 10h03.

Cairo - Pelo menos 27 pessoas, entre elas três menores, morreram nesta quinta-feira em diferentes regiões da Síria, segundo a oposição, apesar de Damasco ter afirmado à ONU que começou a retirar suas tropas de Deraa (sul), Idleb (norte) e Zabadani, nos arredores de Damasco.

Segundo os opositores Comitês de Coordenação Local, foram registrados 14 mortos na província central de Homs, sete em Idleb, três em Hama (centro) e três em Duma, na periferia da capital.

O grupo informou que entre os mortos em Homs há um homem de 70 anos e três menores com seis, oito e 16 anos que morreram pelos ataques da artilharia do regime.

Enquanto isso, em Idleb, o Exército leal ao presidente Bashar al Assad bombardeia desde o início da manhã os municípios de Hazano e Kalali, de onde centenas de pessoas fugiram e tentam atravessar a fronteira com a Turquia.

Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial para a Síria, Kofi Annan, disse nesta quinta-feira em Genebra que o Governo sírio informou ter começado a retirar tropas de algumas áreas e explicou que estão em processo de verificação.

O anúncio contradiz as versões oferecidas nas últimas horas pela Administração americana e pela oposição síria, que dizem não ter acompanhado um movimento de tropas.

Fawzi compareceu perante a imprensa horas antes de Annan falar perante o Conselho de Segurança por uma videoconferência desde Genebra para informar sobre sua tarefa de mediação.

Além disso, Fawzi antecipou que os integrantes da primeira equipe da ONU começarão sua missão na Síria nesta quinta-feira, onde devem analisar com as autoridades o futuro desdobramento de uma missão militar de supervisão e acompanhamento para aplicar o plano de paz de seis pontos de Annan.

Essa iniciativa busca o fim das hostilidades sob supervisão da ONU, a libertação dos detidos nos protestos antigovernamentais e o envio de ajuda humanitária. A equipe é dirigida pelo general norueguês Robert Mood.

'Os integrantes da equipe estão chegando a Damasco de diferentes pontos. Todos se reunirão hoje em Damasco para começar a discutir com as autoridades sírias as modalidades da missão de supervisão e acompanhamento', explicou Fawzi.

Por enquanto, o Governo sírio não informou sobre a chegada da equipe da ONU. 

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