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Ao menos 17 morrem na Síria apesar da presença de missão da ONU

Opositores do regime afirmam que bombardeios mataram oito pessoas só em Homs

Bombardeio em Homs, na Síria (AFP)

Bombardeio em Homs, na Síria (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2012 às 09h27.

Cairo - Ao menos 17 pessoas morreram nesta sexta-feira na Síria, 12 delas na província central de Homs, em um novo dia de repressão apesar da presença dos observadores das Nações Unidas no país, informaram os opositores Comitês de Coordenação Local.

O grupo afirmou que oito das vítimas em Homs, uma das províncias mais castigadas pela repressão governamental, morreram por causa dos bombardeios das forças do regime de Bashar al Assad contra diferentes bairros da capital.

Os Comitês acrescentaram também que foram registradas mortes nas províncias de Aleppo, Idleb, e em Dir Zur, no leste, sem informar as circunstâncias.

A organização afirmou, além disso, que foram realizados protestos em diferentes povoados do país para pedir à comunidade internacional que arme o Exército Livre Sírio (ELS).

Esses fatos acontecem paralelamente à visita de um grupo de observadores da ONU à Síria, que segundo este organismo internacional, chegaram na quinta-feira, embora Damasco não tenha confirmado essa informação.

A delegação da ONU deve analisar com as autoridades o futuro desdobramento de uma missão militar de supervisão e acompanhamento para aplicar o plano de paz de seis pontos do enviado da ONU e da Liga Árabe para o país, Kofi Annan.

Essa iniciativa procura o fim das hostilidades sob supervisão da ONU, a libertação dos detidos nos protestos antigovernamentais e o envio de ajuda humanitária, entre outros.

Por outra parte, o ELS anunciou que se o regime suspender fogo antes de 12 de abril, de acordo com o plano de Annan, os soldados desertores também paralisarão suas operações militares.

'Sempre defendemos o pacifismo da revolução e sempre estivemos em situação de defesa. Quando o regime parar com os massacres, nós deteremos também nossos atos', disse à Agência Efe o 'número dois' do ELS, Malek Kurdi.

Segundo dados da ONU, desde o início dos protestos na Síria em meados de março de 2011, mais de 9 mil pessoas morreram, enquanto mais de 200 mil se deslocaram a outras regiões do país e 30 mil se refugiaram no exterior. EFE

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