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Antes de cúpula, Coreia do Sul debate acordo de paz com Coreia do Norte

O encontro entre os líderes das duas Coreias, que está prevista para 27 de abril, vai focar no fim formal Guerra da Coreia de 1950-53

Kim: tais conversas entre as duas Coreias, e entre Pyongyang e os EUA, teriam sido impensáveis no final do ano passado (KCNA/Reuters)

Kim: tais conversas entre as duas Coreias, e entre Pyongyang e os EUA, teriam sido impensáveis no final do ano passado (KCNA/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2018 às 12h38.

Seul - A Coreia do Sul disse nesta quarta-feira que está estudando como transformar um armistício de décadas com a Coreia do Norte em um acordo de paz, enquanto autoridades dos Estados Unidos confirmaram uma reunião de alto nível inédita com o líder norte-coreano Kim Jong Un.

Mike Pompeo, diretor da CIA indicado a secretário de Estado, se tornou o funcionário norte-americano mais graduado a se encontrar com Kim quando visitou Pyongyang para debater um encontro em planejamento com o presidente dos EUA, Donald Trump.

“Mike Pompeo se encontrou com Kim Jong Un na Coreia do Norte na semana passada. Reuniões correram muito bem e uma boa relação foi formada. Detalhes da cúpula estão sendo definidos agora. A desnuclearização será uma coisa ótima para o mundo, mas também para a Coreia do Norte”, disse Trump em publicação no Twitter nesta quarta-feira.

A visita de Pompeo foi o sinal mais forte até o momento da vontade de Trump de se tornar o primeiro presidente norte-americano no cargo a se encontrar com um líder da Coreia do Norte.

Ao mesmo tempo, as antigas rivais Coreia do Norte e Coreia do Sul estão preparando sua própria cúpula entre Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para o dia 27 de abril, e o empenho de encerrar formalmente a Guerra da Coreia de 1950-53 será um dos principais itens em pauta.

“Um dos planos que estamos estudando é a possibilidade de transformar o armistício da península coreana em um regime de paz”, disse uma autoridade graduada sul-coreana quando indagada sobre a cúpula entre os países vizinhos.

“Mas esta não é uma questão que pode ser resolvida só entre as duas Coreias. Ela exige consultas com outras nações envolvidas, além da Coreia do Norte”, afirmou.

A Coreia do Sul e uma força da Organização das Nações Unidas (ONU) encabeçada pelos EUA ainda estão tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte, já que a Guerra da Coreia terminou em uma trégua, não um tratado de paz. O Comando das Nações Unidas, liderado por Washington, forças chinesas e a Coreia do Norte assinaram o armistício de 1953, do qual a Coreia do Sul não é signatária.

“Não sei se algum comunicado conjunto a ser acertado na cúpula intercoreana incluiria um palavreado sobre o encerramento da guerra, mas certamente esperamos conseguir incluir um acordo para encerrar atos hostis entre o Sul e o Norte”, disse o funcionário.

Tais conversas entre as duas Coreias, e entre Pyongyang e os EUA, teriam sido impensáveis no final do ano passado devido aos meses de tensão crescente e ao temor de uma guerra, provocados pelos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.

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