ANP suspende operação da P-33 após vistoria
A ANP também disse em nota que abriu processo contra a Petrobras, "garantindo-lhe o direito ao contraditório e à ampla defesa", explicou
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou na quinta-feira que decidiu suspender cautelarmente as operações na plataforma P-33, na bacia de Campos, após vistoria feita na véspera.
A interdição tem validade "até que os níveis de segurança requeridos pela ANP sejam restabelecidos", informou a agência.
A ANP também disse em nota que abriu processo contra a Petrobras, "garantindo-lhe o direito ao contraditório e à ampla defesa", explicou.
A P-33 está localizada no campo de Marlim e tem capacidade para produzir 63 mil barris diários de petróleo.
Segundo a ANP, as medidas visam resguardar a segurança das operações e dos trabalhadores, após uma falha operacional ter ocorrido na unidade.
A autarquia explicou que o Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense protocolou no dia 10 de agosto um pedido de interdição emergencial da unidade e apuração das denúncias de situações de risco.
"A denúncia apontava problemas associados com a integridade mecânica da unidade e a ANP, no dia seguinte, enviou especialista à plataforma, com o objetivo de averiguar os fatos apresentados", explicou a agência.
A Petrobras informou em nota nesta semana, antes da vistoria da ANP, que em 14 de julho, durante atividades de manutenção de equipamentos, ocorreu uma falha operacional na P-33 que resultou na avaria de um duto de ar quente, em um local sem a exposição de pessoas.
A estatal relatou ainda que, apesar da falha operacional, não houve nenhum risco de vazamento de gás natural ou petróleo.
A agência disse que foram constatadas pendências no campo de Marlim, mas que já foram corrigidas pela Petrobras.
A ANP afirmou que tem intensificado suas atividades e anualmente realiza 80 ações de fiscalização para verificar as condições de segurança operacional a bordo das plataformas.
Ainda este ano a agência pretende visitar novamente todas as unidades que compõem o sistema de produção do campo de Marlim.
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