Anistia quer punição a quem ordenou 'provas de virgindade' no Egito
General confirmou que as provas foram feitas contra manifestantes detidas durante dos protestos na praça Tahrir; ONG considera que prática é tortura
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2011 às 17h54.
Londres - A Anistia Internacional (AI) exigiu nesta terça-feira uma punição aos responsáveis por terem ordenado ou realizado provas de virgindade a algumas manifestantes no Egito, depois que um responsável militar reconhecesse tais práticas, que equivalem a torturas.
Um general egípcio declarou à emissora "CNN" que as mulheres detidas no dia 9 de março na praça Tahrir, do Cairo, foram submetidas a "provas de virgindade", algo que o Governo egípcio tinha negado anteriormente.
O general, que falou sob o amparo do anonimato, justificou esses abusos falando sobre as mulheres.
"Essas mulheres não são como sua filha ou a minha, mas moças que compartilharam tendas de campanha com manifestantes varões", disse o general.
"Essa admissão (do general) é uma justificativa totalmente perversa de uma forma degradante de abuso. Essas mulheres foram submetidas nem mais, nem menos que a torturas. As autoridades egípcias devem condenar tais atitudes discriminatórias, abusivas e insultantes, que se utilizaram para justificar as torturas a manifestantes", denunciou a principal organização mundial de direitos humanos em comunicado.
A Anistia Internacional recolheu testemunhos das mulheres submetidas a essas provas de virgindade em março e escreveu ao Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito para reivindicar uma investigação, mas não obteve resposta.
"A alegação do general que só as virgens podem ser vítimas de uma violação é uma atitude sexista há muito tempo desacreditada, além de um absurdo legal", afirmou a AI.
Segundo a ONG, os responsáveis das Forças Armadas egípcias devem dar "instruções imediatas" a policiais e soldados, instituindo que esse tipo de prova está proibida.
Londres - A Anistia Internacional (AI) exigiu nesta terça-feira uma punição aos responsáveis por terem ordenado ou realizado provas de virgindade a algumas manifestantes no Egito, depois que um responsável militar reconhecesse tais práticas, que equivalem a torturas.
Um general egípcio declarou à emissora "CNN" que as mulheres detidas no dia 9 de março na praça Tahrir, do Cairo, foram submetidas a "provas de virgindade", algo que o Governo egípcio tinha negado anteriormente.
O general, que falou sob o amparo do anonimato, justificou esses abusos falando sobre as mulheres.
"Essas mulheres não são como sua filha ou a minha, mas moças que compartilharam tendas de campanha com manifestantes varões", disse o general.
"Essa admissão (do general) é uma justificativa totalmente perversa de uma forma degradante de abuso. Essas mulheres foram submetidas nem mais, nem menos que a torturas. As autoridades egípcias devem condenar tais atitudes discriminatórias, abusivas e insultantes, que se utilizaram para justificar as torturas a manifestantes", denunciou a principal organização mundial de direitos humanos em comunicado.
A Anistia Internacional recolheu testemunhos das mulheres submetidas a essas provas de virgindade em março e escreveu ao Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito para reivindicar uma investigação, mas não obteve resposta.
"A alegação do general que só as virgens podem ser vítimas de uma violação é uma atitude sexista há muito tempo desacreditada, além de um absurdo legal", afirmou a AI.
Segundo a ONG, os responsáveis das Forças Armadas egípcias devem dar "instruções imediatas" a policiais e soldados, instituindo que esse tipo de prova está proibida.