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Análises demonstram 13 casos de uso de gás sarin na Síria

Jornalistas do Le Monde transportaram 21 mostras, que foram analisadas por laboratório vinculado ao governo da França

Ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius: em junho, a França acusou o regime de Bashar al-Assad de ter utilizado gás sarin pelo menos uma vez na Síria (Thomas Samson/AFP)

Ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius: em junho, a França acusou o regime de Bashar al-Assad de ter utilizado gás sarin pelo menos uma vez na Síria (Thomas Samson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 10h49.

Paris - Análises realizadas por um laboratório francês de mostras levadas para a França por repórteres do jornal Le Monde depois de um ataque contra a localidade síria de Jobar (periferia de Damasco) revelaram 13 casos de contaminação com gás sarin, informa o jornal.

Os jornalistas do Le Monde transportaram da Síria 21 mostras, que foram analisadas por um laboratório vinculado ao ministério francês da Defesa.

"Sete foram impossíveis de analisar ou negativas. Quatorze mostras, relativas a 13 vítimas, resultaram positivas, evidenciando a presença de sarin na urina (oito vezes), cabelo (duas vezes), roupa (três vezes) e sangue no caso de uma das vítimas da qual a análise da roupa já havia sido positiva", destaca o jornal na edição de sábado.

"As análises confirmam os resultados anunciados em 4 de junho pelo ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e pelo Le Monde das três primeiras mostras analisadas", completa.

Em 4 de junho, a França acusou o regime de Bashar al-Assad de ter utilizado pelo menos uma vez gás sarin na Síria. Dois dias depois, o governo americano também acusou o regime sírio de utilizar gás sarin contra os rebeldes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu várias vezes o livre acesso ao território sírio para os investigadores da organização. Apesar das acusações ocidentais, a ONU afirma que apenas esta missão de investigação pode conceder provas irrefutáveis sobre a utilização de armas químicas.

O presidente da comissão de investigação da ONU, o brasileiro Paulo Pinheiro, reiterou na semana passada que não poderia dizer com certeza quem utilizou armas químicas na Síria.

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