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Análise na soja dá negativa e segue incógnita sobre surto

A origem da bactéria E.Coli permanece desconhecida

Infecção já provocou 2,5 mil internações e 22 mortes na Alemanha (Patrick Lux/AFP)

Infecção já provocou 2,5 mil internações e 22 mortes na Alemanha (Patrick Lux/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 08h36.

Berlim, 7 jun (EFE).- As novas análises feitas em sementes de soja germinadas à procura da origem do surto de "E. coli" deram negativas, e assim persiste a incógnita sobre a origem da infecção que já matou 22 pessoas na Alemanha.

Fontes do Ministério da Saúde de Hamburgo, cidade onde surgiu o alerta sanitário, informaram nesta terça-feira que as análises realizadas em sementes armazenadas na casa de um doente há semanas deram negativas.

O Ministério de Agricultura alemão, à espera de resultados concretos, manteve na segunda-feira o alerta para pepinos, tomates e alfaces e nas sementes de soja.

Nesta segunda-feira, os exames feitos em 23 lotes de sementes deram negativos, mas as autoridades esperavam as informações correspondentes a um pacote que estava conservado no freezer da casa de um dos doentes, um homem de 42 anos de Hamburgo que já recebeu alta médica.

A incógnita sobre a origem da infecção, que provocou na Alemanha 2,5 mil internações, dos quais um quarto desenvolveu a síndrome hemolítica-umérica (HUS), mantém aceso o alarme em consumidores, autoridades sanitárias alemãs e o setor agrícola da Europa.

Inicialmente, a infecção foi atribuída a pepinos espanhóis, o que levou a retirada do mercado e acarretou perdas milionárias ao setor.

A esse primeiro alerta seguiu, dias depois, uma retificação. Mesmo assim está mantida a recomendação à população para não consumir pepinos, alfaces e tomates crus enquanto não for determinada a origem da perigosa variante dessa bactéria.

No fim de semana, as suspeitas se dirigiram às sementes germinadas, procedentes de uma fazenda ecológica da Baixa Saxônia (norte da Alemanha), mas já na segunda-feira foram divulgadas que as análises haviam dado negativo nas primeiras 30 mostras.

À falta de resultados esclarecedores seguiram as críticas ao setor agrícola alemão, à oposição social-democrata-verde, à gestão do Governo federal e especialmente à ministra de Agricultura, Ilse Aigner.

A incerteza fez um rombo em todo o setor das hortaliças, alemãs e importadas, ao que contribuiu a multiplicidade de Governos envolvidos federal e dos "Länder", tanto Hamburgo como a Baixa Saxônia - quanto dos laboratórios que praticam as análises e divulgam as conclusões.

O Instituto Robert Koch é o que centraliza os testes da doença infecciosa, por incumbência do Governo federal, mas paralelamente divulgaram resultados a partir da Clínica Universitária de Hamburgo como de outros laboratórios.

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