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Ampliação de fundo europeu ainda precisa de mais 4 votos

Medida precisa do apoio dos 17 países da região para entrar em vigor

Alemanha, Finlândia, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Eslovênia já aprovaram a medida (Joel Saget/AFP)

Alemanha, Finlândia, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Eslovênia já aprovaram a medida (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 17h34.

Bruxelas - A aprovação do Parlamento alemão, nesta quinta-feira, para a ampliação do fundo de resgate da Eurozona foi um passo crucial para que fundo realmente consiga chegar aos 440 bilhões de euros almejados, mas a consolidação desse projeto depende ainda de quatro votos para obter a necessária unanimidade dos 17 países do grupo.

A Eurozona, dizem analistas, prevê reforçar o fundo de resgate europeu para sair rapidamente da crise da dívida europeia. Contudo, a necessidade de unanimidade entre os 17 governos e parlamentos da União Monetária torna o projeto mais complicado, ainda mais com o exíguo prazo, que vence em meados de outubro.

Até o momento, 13 países votaram a medida, sendo os últimos deles Chipre, Estônia e Alemanha, cujo Parlamento aprovou nesta quinta-feira, com grande maioria, a ampliação do fundo de resgate da Eurozona, do qual o país será o principal contribuinte.

Dos 620 deputados de que integram a Assembleia alemã, 523 votaram a favor do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), anunciou o presidente da câmara, Norbert Lammert.

O resultado da votação era esperado, já que dois dos três partidos de oposição, os social-democratas (SPD) e os Verdes, haviam prometido apoiar a medida.

O Parlamento da Estônia também aprovou a medida por ampla maioria - 58 votos a favor, 18 contra.

Além de Chipre, Estônia e Alemanha, também Finlândia, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Eslovênia já aprovaram a ampliação do fundo.

Alguns países, no entanto, apresentam dificuldades particulares para a aprovação. Na Eslováquia, por exemplo, o Parlamento fixou a data da votação para o dia 25 de outubro, vários dias depois das aspirações europeias. A primeira-ministra Iveta Radicová insiste que a votação deveria ser feita antes de 17 de outubro.

Datas incertas: Holanda e Malta disseram que ratificariam as mudanças necessárias para aprovar o aumento do FEEF, lançado em 2010, antes de meados de outubro, mas até o momento nenhuma data foi anunciada.

A ampliação do FEEF, que já ajudou Irlanda e Portugal, permitirá ao fundo ter uma capacidade de crédito de 440 bilhões de euros. Também permite comprar no mercado secundário títulos da dívida dos países em dificuldades, uma tarefa que até agora era do Banco Central Europeu (BCE).

*Matéria atualizada às 17h33

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