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'Amigos da Síria' reconhecem CNS como representante de todos os sírios

A conferência estabeleceu dois grupos de trabalho, um dedicado às sanções contra a Síria e o outro à recuperação do país árabe após a transição política

Militantes do Exército Sírio Livre na cidade de Idlib, noroeste da Síria (Bulent Kilic/AFP)

Militantes do Exército Sírio Livre na cidade de Idlib, noroeste da Síria (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2012 às 12h30.

Istambul, 1 abr (EFE).- A 2ª Conferência dos 'Amigos da Síria', realizada neste domingo em Istambul com a participação de 83 países, reconheceu o opositor Conselho Nacional Sírio (CNS) como 'representante de todos os sírios', anunciou o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu.

'Os Amigos da Síria reconhecem o CNS como representante de todos os sírios, como interlocutor principal para as negociações na Síria', manifestou o ministro turco em entrevista coletiva ao fim da conferência.

Davutoglu ressaltou que na cúpula foram ouvidos os testemunhos de vários representantes sírios, recentemente exilados de Homs e Aleppo, e que a situação humanitária era 'ainda mais grave do que divulga a imprensa internacional'.

Ele expressou sua convicção que os civis expostos a ataques com armas pesadas e artilharia, inclusive helicópteros 'têm o direito de se defender e tentar escapar'.

'Os que estão perto da fronteira podem fugir, mas os que vivem mais longe que opções têm? Têm direito a fazer tudo o que possam para sobreviver', manifestou Davutoglu.

'Nosso manifesto final inclui que devemos fazer chegar remédios e ajuda humanitária básica à população síria necessitada; esta ajuda será coordenada pelo grupo Amigos da Síria em coordenação com as Nações Unidas e empregaremos todas as vias possíveis para enviá-las', expressou o ministro.

'Esperaremos para saber o que vai dizer amanhã (segunda-feira) Kofi Annan (o enviado especial das Nações Unidas e a Liga Árabe) e depois utilizaremos todas as alternativas, repito: todas as alternativas para ajudar ao povo sírio', reiterou Davutoglu.

Expressou o apoio da conferência à missão de Annan, mas lembrou que 'não se trata de uma iniciativa nova: Annan foi para pedir ao regime sírio que implemente o plano da Liga Árabe, e não se deve permitir que o regime use isto para ganhar tempo e seguir matando', manifestou o ministro, lembrando que 'este é o erro que se cometeu na Bósnia, onde perdemos 250 mil pessoas'.

Davutoglu detalhou que a conferência estabeleceu dois grupos de trabalho, um dedicado às sanções contra a Síria e o outro à recuperação do país árabe após a transição política.

'Oferecemos todo tipo de apoio a um processo político pacífico', disse ao resumir o resultado da conferência. 

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