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América Latina tem maior taxa de aborto, apesar de proibição

Taxa de aborto nos países latino-americanos é de 32 para cada mil mulheres ao ano – a mais alta entre os continentes – e 95% dos abortos são considerados inseguros

Gravidez (Getty Images)

Gravidez (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 17h32.

São Paulo – O número de abortos realizados no mundo diminuiu entre os anos de 2003 e 2008, mas, em contrapartida, fazer um aborto se tornou menos seguro.

De acordo com um estudo do Instituto Guttmacher e da World Health Organization, a taxa de abortos induzidos realizados no mundo caiu de, em média, 29 abortos para cada mil mulheres (com idade entre 15 e 44 anos), em 2003, para 28, em 2008.

Entretanto, a porcentagem de abortos inseguros – aqueles que colocam a vida da mulher em risco ao serem realizados – subiu para 49% contra 44% em 1995, ano em que começa a série de dados analisados na pesquisa.

A pesquisa mostra ainda que algumas regiões do globo são consideravelmente mais perigosas para as mulheres que fazem abortos. Enquanto na Europa Ocidental e na América do Norte, a maior parte dos abortos é feita de maneira segura, na África quase todos (97%) os abortos representam riscos para as mulheres.

Outra conclusão do estudo é que as leis que proíbem o aborto não necessariamente reduzem o número de procedimentos – pelo contrário, as regiões com leis mais restritivas, como a América Latina, possuem taxas de abortos mais altas que as que possuem leis mais liberais.

A taxa de aborto nos países latino-americanos é de 32 para cada mil mulheres – a mais alta entre os continentes – e 95% dos abortos feitos na região são considerados inseguros. Já na América do Norte, onde o aborto é legalizado, a taxa de abortos que representam risco para a mulher é inferior a 0,5%.

Taxa de abortos no mundo

 


 

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