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América Latina tem 'enorme potencial' em biocombustíveis

Segundo Gabrielli, presidente da Petrobras, é possível economicamente que nafta e gasóleo sejam substituídos na região

Gabrielli, da Petrobras: estatal quer compartilhar avanços tecnológicos no continente (Divulgação/Agência Petrobras)

Gabrielli, da Petrobras: estatal quer compartilhar avanços tecnológicos no continente (Divulgação/Agência Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 15h46.

Punta del Este, Uruguai - A América Latina e o Caribe têm um "enorme potencial" em biocombustíveis e a Petrobras "está disposta" a compartilhar sua experiência no tema com a região, afirmou nesta terça-feira o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

"Temos boas terras, água de grande qualidade e isso nos dá (aos latino-americanos) muito boas oportunidades para desenvolver os biocombustíveis", destacou Gabrielli durante a Conferência Regional 2011 da Associação Regional de Empresas de Petróleo e Gás Natural da América Latina e do Caribe (Arpel), que foi aberta nesta terça-feira na cidade uruguaia de Punta del Este.

Para o presidente da Petrobras é "economicamente factível" em médio prazo promover a substituição na região de nafta e gasóleo por biocombustíveis.

O Brasil tem experiências bem-sucedidas em biocombustíveis, apesar de ser "muito limitada" a cooperação com os países da região nesse campo.

"Temos algo com a Colômbia, mas é pouco", disse Gabrielli, que destacou à Agência Efe a "grande vontade" da Petrobras de "cooperar e compartilhar" seus avanços tecnológicos, conhecimentos e experiência "com toda a América Latina e o Caribe".

Ao tentar explicar os motivos dessa falta de sintonia com outros países da região no tema dos biocombustíveis, o presidente da Petrobras disse que "como nos casamentos, é preciso a vontade dos dois".


Além disso, destacou que a região está necessitando de "grandes investimentos" para ampliar sua capacidade de refinamento de petróleo diante da demanda crescente em muitos dos países.

"Esse é um grande desafio que temos pela frente", disse.

Segundo Gabrielli, a América Latina e o Caribe "estão em melhor posição" do que outras regiões para captar investimentos estrangeiros destinados a construir, ampliar, melhorar e modernizar as refinarias.

"Temos os reservatórios (de petróleo) e isso nos dá uma vantagem geopolítica", disse.

No caso do Brasil, destacou que a Petrobras tem capacidade de refinar atualmente 2 milhões de barris diários de petróleo em 12 refinarias e ampliará essa capacidade para 3,2 milhões em 2020 com a construção de outras cinco.

No encontro da Arpel estão sendo discutidos, entre outros temas, os desafios e oportunidades enfrentados pela região para esses setores.

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