Alvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia: político esteve muitas vezes em desacordo com o socialista Chávez durante seus respectivos mandatos (Chip Somodevilla/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2013 às 09h11.
Bogotá - O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe rejeitou a acusação feita pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de que planejava matá-lo, dizendo que se trata de uma manobra desesperada de um ditador que tenta esconder sua ilegitimidade.
Na mais recente de uma série de acusações explosivas do sucessor recém-eleito de Hugo Chávez, Maduro disse na sexta-feira ter provas de que Uribe estava conspirando com a oposição venezuelana para matá-lo.
Uribe, um conservador e aliado fiel dos EUA, esteve muitas vezes em desacordo com o socialista Chávez durante seus respectivos mandatos. Ele também questionou a vitória de Maduro nas eleições do mês passado.
Em um comunicado divulgado por seu advogado Jaime Granados, no domingo, Uribe disse que as acusações de Maduro faziam parte de um plano para silenciar as críticas e distrair os venezuelanos de outras questões.
"Esses comentários refletem uma pessoa desesperada que detém o poder de forma ilegítima e agora está tentando desviar a atenção da corrupção e atos ilícitos realizados pela ditadura que comanda", disse Granados no comunicado publicado na imprensa local.
Trechos da declaração foram publicados no Twitter por Uribe.
O advogado também disse que vai pedir à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para intervir, uma vez que os comentários de Maduro poderiam pôr em perigo a vida de seu cliente.
Uribe insistiu para que o procurador-geral da Colômbia investigue Maduro sobre as "calúnias e ameaças irresponsáveis", caso o líder venezuelano visite um dia a Colômbia.
No entanto, é improvável que a fúria de Uribe com a acusação conduza a uma ação firme por parte do governo colombiano, devido a suas relações ruins com o presidente Juan Manuel Santos e ao desejo de Bogotá em manter boas relações com o governo de Maduro do outro lado da fronteira.