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Aliado de Trump, estrategista Steve Bannon deixa a prisão nos EUA

O ex-dirigente de campanha do republicano foi condenado em 2022 por desafiar uma intimação parlamentar na investigação ao ataque do Capitólio em 2021

Steve Bannon, ex-estrategista de Trump (David Dee Delgado/Getty Images)

Steve Bannon, ex-estrategista de Trump (David Dee Delgado/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 10h41.

Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 12h17.

Steve Bannon, que dirigiu a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, foi libertado depois de cumprir uma pena por desacato imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, segundo informou nesta terça-feira a emissora “CNN”, citando fontes familiarizadas com o caso que não identifica.

Bannon deixou a prisão nesta terça-feira, uma semana antes das eleições presidenciais americanas de 5 de novembro, nas quais Trump concorre novamente à presidência.

O apresentador de podcast segue apoiando Trump e, mesmo quando foi preso em um presídio federal em Connecticut no último mês de julho, insistiu que influenciaria a corrida presidencial a partir da prisão e que seu programa "War Room" (“Sala de Guerra”) continuaria motivando os seguidores do ex-presidente, lembrou a “CNN”.

Enquanto estava na prisão, Bannon manteve contato com um pequeno grupo de seguidores, e alguns atuaram como apresentadores convidados de seu podcast, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto contatadas pela emissora americana.

Bannon foi condenado em 2022 por desafiar uma intimação parlamentar que o forçava a comparecer perante uma comissão que investigava o ataque ao Capitólio em 2021, no qual apoiadores de Trump invadiram a sede parlamentar para impedir a certificação da vitória do presidente Joe Biden nas eleições.

A comissão queria que Bannon testemunhasse porque acreditava que ele tinha algum conhecimento prévio sobre o que iria acontecer em 6 de janeiro de 2021, quando milhares de apoiadores de Trump invadiram o Congresso. Este incidente deixou cinco mortos e cerca de 140 policiais feridos.

Além disso, em dezembro de 2020, Bannon, que continuava aconselhando Trump informalmente, sugeriu que este concentrasse seus esforços em 6 de janeiro, data em que os resultados eleitorais seriam certificados, segundo afirma o livro 'Peril', dos jornalistas Bob Woodward e Robert Costa.

O ex-assessor trabalhou na campanha que levou Trump à presidência em 2016 e foi estrategista-chefe da Casa Branca desde a posse do magnata, em janeiro de 2017, até agosto daquele mesmo ano.

Bannon permaneceu menos de sete meses na Casa Branca devido, em parte, ao fato de seu discurso sobre desmantelar a classe política e acabar com as elites não se encaixar com a administração Trump, que rapidamente se encheu de milionários. Além disso, entrou em confronto com os republicanos do Congresso por conta de sua oposição ao corte de impostos sobre os ricos.

Considerado um dos profetas da 'alt-right' populista, Bannon afirmou que seu objetivo é tornar-se "a infraestrutura global para o movimento populista global" e apoiou numerosos movimentos políticos de extrema-direita e populistas em todo o mundo, especialmente na Europa.

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