Alstom: França rejeitou uma oferta da Siemens e Mitsubishi Heavy Industries pelo braço de energia da Alstom (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 08h20.
Berlim - Um aliado conservador da chanceler alemã Angela Merkel acusou a França nesta segunda-feira de mostrar interesses nacionais "gelados" na escolha de GE sobre Siemens para uma aliança com a Alstom, e também questionou se Paris tinha a margem fiscal para comprar uma grande participação na empresa francesa.
Na sexta-feira, a França rejeitou uma oferta da Siemens e Mitsubishi Heavy Industries pelo braço de energia da Alstom, escolhendo a empresa norte-americana General Electric.
Ao anunciar sua escolha, Paris fez exigências adicionais para o conglomerado dos EUA e anunciou que vai comprar uma participação de 20 por cento na fabricante francesa de turbinas e trens de alta velocidade.
Peter Ramsauer, chairman do comitê econômico do parlamento alemão e membro da União Social Cristã (CSU), partido da Baviera irmão do partido de Merkel, disse que a França tinha colocado os interesses nacionais acima dos interesses europeus.
"O governo francês tem uma filosofia diferente", afirmou Ramsauer à rádio alemã Deutschlandfunk nesta segunda-feira.
"Ele atua com interesse industrial nacional frio, e o governo francês claramente colocou seus próprios interesses nacionais, as preocupações francesas unilaterais, à frente dos interesses europeus." Ramsauer, ex-ministro dos Transportes, também criticou a França pelo plano anunciado para comprar uma participação de 20 por cento na Alstom apesar de suas pesadas dívidas e déficit orçamentário.