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Ali, o príncipe jordaniano que quer ser rei do futebol

O príncipe Ali Bin Al Hussein está decidido a cumprir a missão de tirar da presidência da Fifa Joseph Blatter, 40 anos mais velho e até agora intocável

Príncipe Ali e Maradona: o príncipe jordaniano joga a cartada da juventude e da transparência para disputar a presidência da Fifa (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 10h37.

Zurique - Calmo e determinado, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein joga a cartada da juventude e da transparência para disputar a presidência da Fifa , um sonho que persegue sem descanso.

Aos 39 anos, o meio-irmão do rei Abdullah II da Jordânia, é bem visto no cenário esportivo, o que impulsionou a candidatura à presidência da entidade que rege o futebol mundial.

Segundo pessoas próximas, o príncipe está decidido a cumprir a missão de tirar da presidência da Fifa Joseph Blatter, 40 anos mais velho e até agora intocável.

Para isso, une o ímpeto da juventude, uma grande dose de ousadia e um vasto orçamento, que espera serem suficientes para ganhar a eleição desta sexta-feira.

Ali é atualmente vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo da Confederação Asiática de Futebol (AFC). Comanda também a Federação Jordaniana de Futebol e ocupa outros cargos de responsabilidade no esporte.

Ao anunciar a candidatura, o príncipe Ali explicou que queria devolver a ilusão e a ética à Fifa, suspeita em diversos casos de corrupção.

"A Fifa deve ser uma organização prestadora de serviço e um modelo de ética", insiste o príncipe, que pretende passar seus valores pessoais à entidade.

"Temos que ser mais abertos, mais transparentes na forma de ver as coisas. Não temos nada a esconder, na minha opinião, e não deveríamos fazer isso", completou.

O problema é que o príncipe não é unanimidade nem no próprio continente. O presidente da Confederação Asiática (AFC), o xeque Salman bin Ebrahim al Khalifa, do Bahrein, é um apoiador ferrenho de Blatter.

Entres suas prioridades nos últimos anos estão o desenvolvimento do futebol feminino e juvenil. Em 2012, criou o Projeto de Desenvolvimento do Futebol Asiático (AFDP), com o objetivo de desenvolver o esporte entre os jovens, reservando um lugar de destaque para as mulheres.

A AFDP apoiou, com sucesso, a campanha para acabar com a regra que proibia as mulheres muçulmanas de jogar com o rosto coberto.

O príncipe Ali se apresenta como "um fervoroso defensor do futebol feminino" e insiste que está "decidido a abordar todas as questões pertinentes para conseguir que todas as meninas e mulheres possam jogar este belo jogo pelo continente (asiático)", declarou em 2011.

- Formação nos EUA e Grã-Bretanha -

O príncipe nasceu em 23 de dezembro de 1975, do terceiro casamento do rei Hussein com a rainha Alia, uma jordaniana de origem palestina que morreu num trágico acidente de helicóptero, em 1977.

Ali estudou nos Estados Unidos, onde em 1993 se formou na Salisbury School, no estado de Connecticut.

Como a maior parte dos membros da família real jordaniana, ingressou na Academia Militar Real de Sandhurst, na Grã-Bretanha, da qual saiu em 1994.

Serviu como chefe de segurança especial do rei de 1998 a 2008 e tem patente de general do exército jordaniano. A paixão pelo esporte é dividida entre o futebol e a luta greco-romana.

Desde 2004, o príncipe Ali é casado com a ex-jornalista argelina Rym Brahimi e tem dois filhos, com os quais nunca hesita em pousar para a campanha eleitora para a presidência da Fifa.

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Zurique - Calmo e determinado, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein joga a cartada da juventude e da transparência para disputar a presidência da Fifa , um sonho que persegue sem descanso.

Aos 39 anos, o meio-irmão do rei Abdullah II da Jordânia, é bem visto no cenário esportivo, o que impulsionou a candidatura à presidência da entidade que rege o futebol mundial.

Segundo pessoas próximas, o príncipe está decidido a cumprir a missão de tirar da presidência da Fifa Joseph Blatter, 40 anos mais velho e até agora intocável.

Para isso, une o ímpeto da juventude, uma grande dose de ousadia e um vasto orçamento, que espera serem suficientes para ganhar a eleição desta sexta-feira.

Ali é atualmente vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo da Confederação Asiática de Futebol (AFC). Comanda também a Federação Jordaniana de Futebol e ocupa outros cargos de responsabilidade no esporte.

Ao anunciar a candidatura, o príncipe Ali explicou que queria devolver a ilusão e a ética à Fifa, suspeita em diversos casos de corrupção.

"A Fifa deve ser uma organização prestadora de serviço e um modelo de ética", insiste o príncipe, que pretende passar seus valores pessoais à entidade.

"Temos que ser mais abertos, mais transparentes na forma de ver as coisas. Não temos nada a esconder, na minha opinião, e não deveríamos fazer isso", completou.

O problema é que o príncipe não é unanimidade nem no próprio continente. O presidente da Confederação Asiática (AFC), o xeque Salman bin Ebrahim al Khalifa, do Bahrein, é um apoiador ferrenho de Blatter.

Entres suas prioridades nos últimos anos estão o desenvolvimento do futebol feminino e juvenil. Em 2012, criou o Projeto de Desenvolvimento do Futebol Asiático (AFDP), com o objetivo de desenvolver o esporte entre os jovens, reservando um lugar de destaque para as mulheres.

A AFDP apoiou, com sucesso, a campanha para acabar com a regra que proibia as mulheres muçulmanas de jogar com o rosto coberto.

O príncipe Ali se apresenta como "um fervoroso defensor do futebol feminino" e insiste que está "decidido a abordar todas as questões pertinentes para conseguir que todas as meninas e mulheres possam jogar este belo jogo pelo continente (asiático)", declarou em 2011.

- Formação nos EUA e Grã-Bretanha -

O príncipe nasceu em 23 de dezembro de 1975, do terceiro casamento do rei Hussein com a rainha Alia, uma jordaniana de origem palestina que morreu num trágico acidente de helicóptero, em 1977.

Ali estudou nos Estados Unidos, onde em 1993 se formou na Salisbury School, no estado de Connecticut.

Como a maior parte dos membros da família real jordaniana, ingressou na Academia Militar Real de Sandhurst, na Grã-Bretanha, da qual saiu em 1994.

Serviu como chefe de segurança especial do rei de 1998 a 2008 e tem patente de general do exército jordaniano. A paixão pelo esporte é dividida entre o futebol e a luta greco-romana.

Desde 2004, o príncipe Ali é casado com a ex-jornalista argelina Rym Brahimi e tem dois filhos, com os quais nunca hesita em pousar para a campanha eleitora para a presidência da Fifa.

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