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Alguns governos têm acesso direto para escutas, diz Vodafone

Em muitos países as agências governamentais precisam de ordens judiciais para captar as comunicações de consumidores, mas há alguns onde este não é o caso


	Espionagem: agências de segurança ao redor do mundo enfrentam maior escrutínio desde revelações de Snowden
 (Getty Images)

Espionagem: agências de segurança ao redor do mundo enfrentam maior escrutínio desde revelações de Snowden (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 13h47.

Londres - A Vodafone, a segunda maior operadora de telefonia móvel do mundo, disse que agências governamentais de um pequeno número de países na qual a companhia opera têm acesso direto à sua rede, permitindo a eles que façam escutas em conversas.

As agências de segurança ao redor do mundo, em particular nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, têm enfrentado um maior escrutínio desde que Edward Snowden, ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), revelou para jornais a extensão da vigilância.

As revelações de Snowden causaram um alvoroço internacional, mostrando que os programas de monitoramento das agências britânicas e norte-americanas captaram comunicações telefônicas e eletrônicas de pessoas comuns.

A Vodafone publicou nesta sexta-feira um "Relatório de Divulgação" no qual diz que enquanto em muitos dos 29 países no qual opera as agências governamentais precisam de ordens judiciais para captar as comunicações de consumidores, há alguns países onde este não é o caso.

A Vodafone disse que não pode fornecer um cenário completo de todos os pedidos que recebe, pois a revelação deste tipo de informação é contra a lei em vários países.

"Em um pequeno número de países a lei diz que agências e autoridades especificas têm de ter acesso direto à rede de uma operadora, ignorando qualquer forma de controle operacional da parte da operadora sobre a intercepção", disse a companhia.

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