Alemanha vendeu 136 mil ovos contaminados com dioxina na Holanda
Apesar da contaminação, governo alemão garante que não há risco para o consumo humano
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 13h50.
Berlim - Pelo menos 136 mil ovos contaminados com dioxina foram vendidos por uma empresa alemã a uma companhia holandesa, segundo informou nesta quarta-feira o Governo de Berlim durante a investigação sobre o escândalo da utilização de gorduras industriais não comestíveis na produção de rações para animais.
O episódio, que atingiu o país nesta semana, obrigou o fechamento de mais de mil de fazendas em todo o país e a sacrificar dezenas de milhares de animais que tinham ingerido as rações contaminadas.
A remessa de ovos alemães contaminados foram entregues entre os dias 3 e 5 de dezembro por uma empresa do estado da Saxônia-Anhalt, fechada nesta quarta-feira, a uma empresa na cidade holandesa de Barneveld.
Um porta-voz do Executivo alemão insistiu que o consumo dos produtos contaminados por dioxina "não representa um perigo para os humanos".
A ministra federal de Agricultura, Ilse Aigner, explicou que já são oito os estados federados afetados pela contaminação de dioxina e avisou que "ainda não identificaram a origem da contaminação".
O Instituto Federal de Avaliação de Riscos emitiu um comunicado no qual assegura que a contaminação com dioxinas na comida para animais "não representa um risco para o consumo humano".
Os deputados alemães respondem assim à Comissão Europeia, que pediu às autoridades alemãs que verificassem se exportaram ovos ou carne contaminada a outros países da União Europeia (UE) A ração foi contaminada por dioxina em uma proporção entre 2% e 10%, conforme o relatório da comissão parlamentar.
O Governo alemão e os estados federados afetados analisam a penalidade para as empresas.
Além disso, a agência alemã "MEG" de análise de mercado informou nesta quarta-feira que a venda de ovos caiu bruscamente na Alemanha após o escândalo de contaminação por dioxina.
"Há insegurança no consumidor", afirmou Margit Beck, especialista de MEG.
O ministro da Agricultura do estado de Schleswig-Holstein decidiu nesta quarta-feira proibir o sacrifício de gado suíno até que concluam as investigações em andamento.